Educação

Gato por lebre: advogado de alunos rebate FIB e MEC também pode ser acionado

Publicado em 24/05/2015, às 08h46   Caroline Gois (Twitter: @bocaonews)


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Mais um capítulo sobre a denúncia que envolve a faculdade FIB Estácio vem à tona neste domingo (24). Isso porque, após 13 alunos do curso de Petróleo e Gás da instituição acusarem a FIB de vender 'gato por lebre' haver a afirmativa da faculdade que as leis não estão sendo infrigidas, o advogado dos estidantes decidiu fazer uma réplica contra a FIB. 
Em contato com o site Bocão News, o advogado Jonas Ferraz Maia, afirma que "a nota enviada pela Estácio-FIB não foi capaz de combater teor central da denúncia dos alunos que é o fato da instituição oferecer um curso de Tecnólogo em Petróleo e Gás e os oriundos dessea curso não estarem capacitados para trabalhar com gás. Não se trata apenas desses alunos não conseguirem emprego na área, tampouco de nos editais da Petrobrás, por exemplo, nunca constar vagas para este tipp de curso, mas sim do farto de se vender uma expectativa, um anseio a um estudante que ao escolher um curso de Tecnólogo para cursar, obviamente anseia adentrar no mercado de trabalho", ressaltou.
O advogado explicou ainda que a "a instituição se resumiu a afirmar que o curso foi aprovado pelo MEC e que o CREA não pode interferir em questões acadêmicas, fatos estes que jamais foram questionados pelos denunciantes. Sobre o MEC, inicialmente temos que ressaltar que em nenhum momento houve questionamento com relação ao Curso está ou não autorizado pelo MEC, mas sim que é um Curso de Petróleo e Gás que não permite que se trabalhe com Gás, conforme decisão do CREA e e do CONFEA e que por este motivo, a faculdade nao pode promover uma publicidade de uma formaçao que nao permite o aluno trabalhar naquela área. É como se num curso de Tecnólogo em Radio e TV, o aluno se capacitasse para trabalhar em rádio, o que seria um verdadeiro absurdo", disparou.
Jonas Ferraz ainda teceu críticas ao Ministério e reforçou que "considerando que o curso é autorizado pelo MEC, fica a crítica ao Ministério, uma vez que é um absurdo o Ministério da Educação autorizar a oferta de um curso de Petróleo e Gás e este curso não possibilitar o aluno que trabalhe com um dos  produtos menionados na nomenclatura do curso.Os processos judiciais foram movidos contra a Estácio, mas nada impede que, em momento oportuno, o MEC seja acionado. Entretanto, considerando que quem veiculou a propaganda enganosa e promoveu um curso que nao atende às expectativas gerada aos alunos, a denúncia, inicialmente foi feita contra a Estácio", disse.
Já sobre o CREA, "apesar de entender a importância dos órgãos de classe na formação do profissional, assim como acontece com a OAB e os CRM's, por exemplo, em momento algum se falou de interferência acadêmica por parte do CREA, mas sim no que diz respeito ao aluno egresso do curso, assunto constante de forma expressa na decisão do Conselho já encaminhada a esse site onde há expressamente a informaçao de que o curso da FIB, deixou de se chamar "Tecnológo de Petróleo e Gás" e agora se chama "Tecnológo em Exploração e Produção de Petróleo", apenas, o que comprova que o curso não prepara o aluno para trabalhar com gás, conforme apresentado na enganosa propaganda veiculada pela faculdade até hoje", concluiu.
Entenda o caso
Em nota ao Bocão, FIB rebate denúncia de alunos e diz que não infringe as leis
Alunos de curso da FIB acusam faculdade de vender 'gato por lebre'

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