Educação

Demissão em massa de professores da Estácio preocupa universitários da instituição

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Afastamento dos professores não é uma ação isolada em Salvador; estudantes de Teresinha também passam por situação semelhante  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Assessoria

Publicado em 12/12/2019, às 11h27   Aline Damazio


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Além da tensão de notas de final de semestre, estudantes da Universidade Estácio de Sá, em Salvador, convivem com a falta de certeza de continuidade dos cursos devido a demissão de 54 professores e oito coordenadores na última terça-feira (10).

A demissão em massa dos docentes próximo das férias da unidade de ensino despertou desconfiança dos alunos que já enfrentavam problemas com redução do quadro de mestres e doutores. 

Em entrevista ao BNews, uma das universitárias, que preferiu o anonimato, relatou as deficiências da universidade e o medo da instituição reduzir a ofertas de cursos ou fechar nos próximos semestres. “Durante o semestre convivemos na instituição com a várias disciplinas que deixaram de ser oferecidas de forma presencial para online, professores lecionando para duas turmas em uma mesma sala, docentes dando aula para quatro ou cinco disciplinas diferentes. E ao final do semestre soubemos da demissão de dezenas de professores. Só parece que vai acabar com os cursos ou fechar as portas”, diz

Ainda de acordo com a estudante, a falta de informações da instituição com os alunos desperta ainda mais a desconfiança dos universitários. “Formamos uma comissão de alunos, pois estamos preocupados. Nós estamos próximos a nos formar e não podemos conviver com essa incerteza do futuro de nossos estudos. Fomos à faculdade e o reitor não nos recebeu, apenas uma funcionária da secretária geral informou que era renovação do quadro”, afirma. 

As demissões dos professores não é uma ação isolada em Salvador, estudantes de Teresinha, no Piauí, também denunciam situação semelhante na faculdade. Por conta da falta de explicação sobre a situação, os estudantes terezinhenses organizaram uma manifestação, nesta quinta-feira (12), em frente à instituição de ensino. 

A reportagem entrou em contato com a Universidade Estácio de Sá que, por nota, respondeu que "os desligamentos realizados fazem parte de um processo natural para qualquer instituição de ensino que periodicamente avalia a sua base de docentes, adequando-a às necessidades do mercado, demandas de cursos e às particularidades das praças em que atua. A norma coletiva da categoria prevê que eventuais movimentações de professores só ocorram em janela muito restrita, o que faz com que o volume de desligamentos fique concentrado em curto espaço de tempo", afirma. Ainda de acordo com a instituição a situação "está em total conformidade com as normas do órgão regulador ”, diz.


Número de doutores e mestres para universidade funcionar

A Comissão de Educação do senado aprovou em 2012, o projeto de Lei 706/2007 que as instituições públicas e privadas de ensino superior precisam ter 50% do corpo docente formado por mestres ou doutores e pelo menos 25% dos professores do quadro docente da instituição precisam ser composta por professores com título de doutor. Antes do projeto de lei era apenas um terço.

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