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“Eu lavo meu carro” diz Bell Marques, ícone do axé music

Imagem “Eu lavo meu carro” diz Bell Marques, ícone do axé music
Em entrevista, o artista falou sobre política e lembrou a vida antes da fama  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 11/01/2013, às 08h00   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Com mais de 40 anos de carreira, Bell Marques, o ícone do axé music na Bahia – e no mundo, cheio de graça e simplicidade, revelou que lava seu próprio carro e não teme a violência na cidade. Em entrevista ao apresentador Zé Eduardo, no Se Liga Bocão desta quinta-feira (10), na ItapoanFM, ele ainda falou sobre política explicou sua opinião sobre despedida do ex-prefeito João Henrique (PP) com a musica “Diga que Valeu” e relembrou a vida antes da fama.

Para quem não lembra Bell Iniciou a carreira musical na adolescência, ajudando o irmão, Wilson, como técnico de som na região de Salvador. “Eu juntei um dinheiro e comprei meu primeiro instrumento musical, foi quando comecei a tocar. Na época, por volta de 1970, eu meu irmão, e um amigo montaram a banda Scorpius”, lembrou.

Hoje, Bel é sucesso no Carnaval de Salvador, líder na venda de CDs e abadás de seus blocos, Camaleão e Nana Banana, além do camarote que leva o nome do bloco Nana, mas garante que tem coisa que não abre mão. “Com tudo que conquistei até aqui, não tenho frescuras. Tem coisas que eu não abro mão mesmo, como por exemplo, lavar meu carro. Eu amo fazer isso sempre que posso”, disse com toda simplicidade.

Mas, para quem pensa que este seria um sacrifício na vida do artista, não sabe da missa a metade. Durante entrevista, ele voltou no tempo e contou um pouco da dura vida antes da fama: “Zé! Eu já trabalhei em cemitério, já trabalhei fazendo travessia de pessoas no Dique do Tororó e também vendi frutas na Avenida Sete. Estas são coisas que lembro com orgulho. A vida é muito generosa comigo e com minha família. Esta e outras histórias eu tenho anotadas em um livro que pretendo lançar um dia”.  De acordo com o músico, ele já escreveu sua história, mas faltam alguns ajustes que, segundo ele, “o escritor Jorge Amado e Zélia Gattai ficaram de ajudar na composição do livro, mas não deu tempo”. O livro que conta a vida do artista está intitulado como “Bell Prazer”.

Carnaval e política

Para Bell, o carnaval de Salvador passa por um período de evolução constante. “Não há esse homem que diga que vai mudar o formato desta festa tão grandiosa. Há ajustes que devem ser feitos, mas ao logo dos anos tudo vai tomando seu formato”

Afródromo: “Está é uma ideia que tive há mais de 12 anos. Hoje, ela surge com alguns ajustes, mas já apresentei esta proposta. Entretanto, reconheço que quem escolhe é o povo, não os idealizadores. Se o povo não aceitar a proposta e seguir o movimento, não vai dar certo mesmo”, enfatizou. E foi otimista, “acredito que o novo prefeito tem visão para administrar esta festa que mobiliza o mundo”.

Quando falou sobre o carnaval e citou o atual prefeito, Bell fez questão de defender o democrata a quem chamou de show business: “Acredito que Salvador escolheu um bom gestor. ACM Neto (DEM) será um dos maiores políticos deste país, eu acredito nas propostas que ele têm apresentado. Tem pessoas que quer tirar proveitos, Neto quer ser respeitado”.

Mas, questionado pelo apresentador, que perguntou sobre o que ele achou da propaganda de despedida do ex-prefeito João Henrique (PP) ele rio e respondeu: “Eu não tenho nada haver com isso. Ele escolheu a música porque se identificou com ela. Aliás, ele se declarou um grande fã e achou que seria a canção para representá-lo na despedida. Se combina ou não com ele, eu não sei”, respondeu sorrindo.


Publicada no dia 10 de janeiro de 2012, às 19h39

Classificação Indicativa: Livre

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