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Proposta indecente ameaça saúde municipal

Imagem Proposta indecente ameaça saúde municipal
Para conter gastos, prefeitura de Salvador pretende reduzir em 25% repasses do SUS  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 19/04/2011, às 07h02   Daniel Pinto


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Na semana passada, o secretário municipal da Saúde, Gilberto José, teve encontro com representantes das 68 clínicas de traumatologia que prestam serviços à prefeitura de Salvador. Na pauta, um tema amargo: a proposta de corte de 25% no valor repassado pelo município via SUS. A medida é um dos “remédios” encontrados por Gilberto José para diminuir o déficit de R$ 12 milhões da pasta.

Mas, de acordo com o vereador Sandoval Guimarães (PMDB), a redução pode gerar uma grave crise no serviço prestado à população. “Todas essas clínicas juntas recebem pouco mais de R$ 3 milhões por mês. O que não é suficiente porque muitas delas fecham no vermelho. Com menos recursos, o atendimento será reduzido. Um corte de R$ 750 mil vai prejudicar e muito, sobretudo as emergências”, avalia.

O vereador, que é médico, revela ainda que diretores de algumas das clínicas conveniadas se reunirão nesta terça (19), às 19h, no antigo Clube da Cruz Vermelha, Campo Grande. “Já se fala até em paralisar os atendimentos realizados pelo SUS”, garante o peemedebista.

A Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Ahseb) acompanha tudo bem de perto. O presidente da entidade, Marcelo Britto, é bastante cauteloso ao comentar a situação, mas não descarta a possibilidade de paralisação. “As 68 unidades fazem de 100 a 200 atendimentos por dia. Pode-se dizer que a contenção não é errada, mas vai deixar uma parcela significativa de cidadãos sem assistência médica. Por isso, não está descartada a hipótese de interrupção nos serviços”.

Hoje, de acordo com o presidente da Ahseb, a prefeitura deve mais de R$ 6 milhões as clínicas conveniadas.

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