Publicado em 26/04/2011, às 18h04 Redação Bocão News
Cerca de 60 mil alunos das quatro universidades estaduais da Bahia (UEBA) estão sem aula. A greve dos professores, que já dura 15 dias na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), 18 nas Universidades Estaduais do Sudoeste (Uesb) e de Santa Cruz (Uesc), foi iniciada nesta terça-feira (26) na Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Nesta quinta (28) os professores vão realizar um ato público na Praça do Campo Grande em Salvador, ponto da concentração, às 15 horas.
A categoria está reivindicando do governo do estado a retirada de uma cláusula do acordo salarial 2010 que impede melhorias salariais pelos próximos quatro anos e a revogação do Decreto 12.583/11 que reduz os gastos públicos no ano de 2011. Por enquanto, o governo enviou uma resposta oficial aos representantes dos professores na qual mantém a cláusula e afirma só assinar o acordo salarial após a categoria suspender a greve.
Para o coordenador da Associação dos Docentes da Uefs (Adufs), Jucelho Dantas, ao se negar a negociar, o governo não respeita os estudantes, que estão sem aulas, e a sociedade que sofre com a interrupção das atividades.
Durante mais de um ano governo e os professores negociaram a incorporação da gratificação de Condições Especiais de Trabalho (CET) ao salário base. Os docentes aceitaram o pagamento da incorporação de forma parcelada até 2014. No entanto, no dia da assinatura do acordo, o governo surpreendeu a categoria incluindo no documento uma cláusula que os impedia de fazer reivindicações com impacto no orçamento do estado até 2015, o que frsutou a assinatura do acordo.
De acordo com Jucelho Dantas, a greve é a forma encontrada pelso professores para mostrar à sociedade que a universidade está passando por problemas e que é preciso exigir do governo melhorias, de defender o direito da sociedade em ter um ensino público de qualidade.
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