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Após morte de taxista, categoria relata clima de insegurança em Salvador

Publicado em 25/06/2015, às 20h12   Brenda Ferreira (Twitter: @BocaoNews)


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A morte do taxista Antônio Silva Santos, na Rua Aloísio Mascarenhas, no bairro do Stiep, por volta das 13h30 desta quinta-feira (25), repercutiu em um protesto no final da tarde, na região do Iguatemi. Amigos e taxistas se reuniram para mostrar a indignação com o colega de trabalho assassinado e também para reividicar direitos.
Em entrevista ao Bocão News, o líder do protesto, Jairo Conceição, se diz revoltado com o que aconteceu com Antônio e pede ajuda aos órgãos públicos "O nosso sentimento é de revolta, não temos apoio da polícia em relação à segurança, nem da Transalvador. A Associação Metropolitana dos Taxistas está nos apoiando mais do que o sindicato, que deveria repesentar a categoria", declara.
De acordo com informações do presidente da Associação Metropolitana dos Taxistas, Valdeilson Miguel dos Santos, o índice de roubos e violência contra taxistas é muito alto: um número de 10 a 15 assaltos por dia, em que são levados dinheiro, celulares, sons automotivos, carros e outros pertences pessoais.
O presidente ainda afirma que as ocorrências de roubos são registradas apenas na associação, mas chama atenção para que os taxistas, que são vítimas, prestem queixa na polícia. 
"A categoria não faz queixa à polícia porque muitas vezes acha que vai demorar de resolver. Isso faz com que aumente o número de assaltos porque não tem como a polícia realizar seu trabalho, se não há registro dos casos pelos taxistas", relata Valdeilson Santos.
Outros taxistas deram depoimentos sobre a falta de segurança na profissão. "Nesses 25 anos que trabalho com táxi, apesar de não ter sido vítima de nenhum assalto, já pensei em desistir de ser taxista porque tenho medo. E ainda, se recusarmos um passageiro e o fiscais verem, somos autuados em até R$ 250,00", relata Antônio Roberto, de 43 anos. 
Crispiniano Siva de 61 anos, também mostra a sua preocupação quanto taxista "todo dia um colega nosso é assaltado, nós precisamos de apoio e segurança na nossa profissão," assinala.
Colaborou Repórter Tony Silva

Classificação Indicativa: Livre

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