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Publicado em 07/10/2010, às 01h03 Redação Bocão News
A assesoria de Comunicação da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), informou que será aberta sindicância para apurar a responsabilidade pela morte da garota Ana Larissa Menezes Batista, 8 anos, que teria falecido após três pediatras do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) negarem atendimento, conforme denunciou o médico intervencionista da Central de Regulação, Vinícius Viana Bandeira Moraes, em carta encaminhada ao Conselho Regional de Medicina (Cremeb). Vinicius acusa as colegas de negligência e as responsabiliza pela morte da menina que chegou ao HGRS com suspeita de AVCH (acidente vascular cerebral hemorrágico), causa da sua morte horas depois no Hospital Geral do Estado (HGE).
Em seu relato, o médico Vinicius Bandeiras diz ter "vivenciado barbaridades" na madrugada de 23 de agosto, quando foi contacatado pela Central Estadual de Regulação (CER) para realização da transferência inter-hospitalar da paciente Ana Larissa Menezes Baptista, devendo transportá-la do Hospital São Jorge (HSJ) para o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) para a realização de tomografia computadorizada (TC) de crânio.
Afirma que o histórico da menor era de uma paciente em estado grave, no pronto atendimento do HSJ e que adotou, antes de deixar a unidade hospitalar, todas as providências para agilizar o atendimento da garota no Roberto Santos. Ao chegar à emergência pediátrica solicitou à enfermeira que o acompanhava, que verificasse se tudo estava preparado para a realização do exame, conforme combinado. Ao retornar da bioimagem, a enfermeira informou que não existia ventilador preparado e que a técnica de radiologia nem mesmo sabia que esse exame seria realizado.
Resolveu, ele mesmo, agilizar a realização do exame, pedindo à técnica de radiologia que o fizesse no menor tempo possível. Vinicius Bandeira relata, ainda, que informou a gravidade do problema e que a paciente estava regulada. O resultado da tomografia do crânio identificou um acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH) extenso, com sinais de sangramento intraventricular. O médico pediu que a enfermeira que mantivesse contato com a pediatra de plantão Antonia Aleluia solicitando encaminhamento para avaliação neurocirúrgica, visto que havia sido detectado um AVCH extenso.
No relato - O médico diz que a pediatra do Roberto Santos se recusou a atender a solicitação "visto que a paciente deveria ter sido regulada com tal pedido". Vinicius Bandeira questionou a razão da solicitação da TC de crânio, se não para direcionar, os próximos passos. Diante da negativa da pediatra, dirigiu-se por conta própria à emergência em busca de um neurologista que desse o atendimento adequado à Ana Larissa, deparando-se com a médica Miriam Sepúlveda, neurologista de plantão, mostrando-lhe o resultado da tomografia e a mesma confirmou tratar-se de um AVCH, acrescentando que a paciente precisava de uma vaga em UTI pediátrica e de avaliação neurocirúrgica.
" Questionei a ela sobre a possibilidade de Ana Larissa ser admitida e ela me informou não ser a responsável por resolver essa questão. Disse-me que mantivesse contato com Dr. Raimundo ou Dra. Paula (coordenadora da emergência pediátrica, segundo ela)", salienta Vinicius Bandeira em seu relato ao Cremeb.
Seguindo as orientações procurou o coordenador do HGRS, o médico Raimundo, colocando-o a par da situação e da necessidade de avaliação neurocirúrgica da paciente, sendo informado isso não havia sido acordado com a CER e que eu deveria procurar a plantonista da pediatria para saber se seria possível aceitar Ana Larissa naquela unidade. "Lembrei a ele, porque imaginei que ele tivesse esquecido, que aquele era um hospital de referência para avaliação neurocirúrgica. Ainda assim, Dr. Raimundo me disse que fosse à emergência pediátrica resolver com quem estivesse de plantão por lá o que seria feito", diz o autor da denúncia.
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