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Carreira de professor é esquecida

Publicado em 15/10/2010, às 20h34   Natália Aguiar e agências


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No Brasil, são quase 2 milhões de educadores que trabalham nas salas de aula das redes de ensino público e privado. Mas esta profissão que já foi tão desejada, hoje não é nem citada nas escolhas profissionais dos jovens. Na data em que se comemora o Dia do Professor a reflexão sobre a carreira é necessária.

Segundo especialistas, essa é uma realidade que pode ser constatada nas próprias faculdades de pedagogia, onde a maioria dos universitários opta pelo curso por causa da baixa concorrência. 

Uma análise dos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2007, mostrou que os candidatos que obtiveram as piores notas tem três vezes mais chance de cursar pedagogia do que os que tiraram as notas mais altas.

Sobre a situação da classe na Bahia, a diretora da Associação dos Professores Licenciados da Bahia (APLB/Sindicato),  Elza Melo, diz que o professor da rede pública é desassistido e desvalorizado. Mas ainda assim, ela fala da conquista do novo piso salarial de R$ 1.024 que foi estabelecido por lei.

”Isso para nós é uma vitória, embora ainda esteja aquém do que realmente merecemos”, comemora a professora. “Agora vamos lutar por um aumento. A pretensão é que o salário chegue a R$ 1.300”, completa.

O professor necessita de uma formação constante e continuada para que possa se qualificar. “É importante que a classe seja mais bem remunerada, mais atendida, pois ele é mediador do aprendizado do aluno e não deve ser esquecido ou ignorado pelas autoridades, afinal somos nós os responsáveis pelo futuro do país”.

Uma pesquisa da Fundação Victor Civita, realizada no ano passado com 1,5 mil jovens, apontou que apenas 2% deles querem ser professor. O conselheiro nacional de Educação, Mozart Neves Ramos, acredita que se houver salários melhores, planos de carreira, formação inicial sólida e condições de trabalho adequadas a profissão acaba se tornando mais atrativa.

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