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Construção de centro de ressocialização revolta pais de alunos e moradores de Patamares

Leitor BNews
Bnews - Divulgação Leitor BNews

Publicado em 24/05/2019, às 15h25   Redação BNews


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A construção de uma casa de recuperação e ressocialização para dependentes químicos e moradores em situação de rua próxima ao colégio Marista Patamares tem causado indignação a moradores e pais dos alunos na região. O BNews recebeu mensagens dos pais dos estudantes cobrando providências para que a unidade não seja construída no local, onde fica o antigo Patamares Praia Hotel.  

Os pais temem pela insegurança no local e iniciaram uma mobilização nas redes sociais nesta quinta-feira (24). “Meninas, bom dia! Estou bem preocupada com o que soube. Em frente ao Boteco do Caranguejo, a prefeitura alugou aquele hotel para colocar viciados em drogas e moradores de rua em recuperação. A gente sabe que não é tão simples assim o tratamento ainda mais se tratando de algo público. Meu receio é a proximidade da escola. Já soube que os donos do bar não estão nada satisfeitos, estão tentando evitar e que a PM também é CONTRA a prefeitura fazer isso! Precisamos mobilizar a escola. Repassem para os outros grupos de mães do Marista e vamos pedir intervenção da escola também. Um viciado em surto pela falta da droga é capaz de tudo, inclusive matar! Nós e nossas crianças estamos expostas até no transitar de carro naquela rua porque o trânsito fica lento por conta do fluxo de saída. Sem falar nos nossos filhos. Precisamos pedir providências antes que o problema aconteça, porque uma vez instalados ali, já era... #juntassomosmaisfortes”, descreve a mensagem encaminhada pelos pais.

No entanto, o presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Geraldo Junior fez um apelo a prefeitura de Salvador, através do secretário de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre), Leo Prates, para que a implantação não ocorra. “É inconcebível uma situação como essa em razão dessas sinalizações. Ele [Leo Prates] me explicou que não é abrigo para dependentes químicos e sim para moradores de rua, mas mesmo assim, algo que não é compatível, nem admissível em uma localidade como aquela pelas razões pontuadas aqui. Não foi a prefeitura, foi um chamamento público, mas farão o possível para intervir nessa situação”, explicou Geraldo Junior.

Ao BNews, Leo Prates também esclareceu que a unidade é para pessoas em situação de rua e as que seriam abrigadas não correspondem a riscos contra a sociedades. “Nós fizemos um chamamento público e a empresa Aspec ganhou para acolhimento da população em situação de rua em Salvador. A Aspec ficou com a responsabilidade de encontrar três unidades para acolher 50 pessoas cada. Quando recebi a informação ontem fomo verificar e vi que não era nosso [secretaria], a Aspec que tinha feito a locação. Em reunião com a direção da empresa explicamos as solicitações dos moradores e como o objetivo do projeto é elevar a autoestima dessas pessoas percebemos que ali se tornaria um ambiente hostil para essas pessoas. Agora a Aspec já está negociando com o dono do espaço”.

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