"Erra quem subestima o público conservador", afirma consultor digital sobre sucesso da Jovem Pan News 

A estreia da Jovem Pan News na TV, em outubro deste ano, tem movimentado os bastidores da comunicação no Brasil. Em artigo publicado no Uol, o consultor digital Guilherme Ravache, que tem passagens pelas redações da Folha de S. Paulo, Revista Época e Editora Caras, falou sobre a novidade e afirmou que erra quem subestima o público conservador. 

"Apesar de problemas técnicos e muitos gritos nos debates, já incomoda canais estabelecidos como a CNN. O discurso público das concorrentes é que elas possuem públicos diferentes e que a novata não as incomoda. Afirmam que a audiência da Jovem Pan TV é mais velha e conservadora. Mas nos bastidores há uma crescente preocupação não somente com o rápido crescimento de audiência, mas também com uma potencial dispersão da verba publicitária começando a ir para a estreante", escreveu Ravche em seu texto. 

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Para o consultor, a chegada de uma TV de direita ao país talvez tenha acontecido com 25 anos de atraso, uma vez que, nos Estados Unidos, a Fox News foi lançada em 1996. Para Ravache, observar o que aconteceu no mercado americano dá pistas do que pode acontecer aqui: "Assim como a JP News, a Fox News estava em desvantagem quando seu sinal foi ao ar em 1996 e muitos duvidavam que sobreviveria, ainda mais se tornar a gigante dos dias de hoje. É sobre o público, não a qualidade técnica 'Justa e equilibrada' era como Roger Ailes, executivo que comandou a fundação da Fox News, definia sua TV"

Apesar das críticas acerca de problemas de iluminação, pauta e transmissão na Jovem Pan News, o rápido crescimento do canal tem repercutido bastante. Para Guilherme Ravache, isso mostra "que existe um enorme público carente dos conteúdos abordados pela estreante. Mas a verdade é que as pessoas apenas querem ver seus valores refletidos na cobertura jornalística".

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