Geral

Verão de Salvador: terra de ninguém. Cadê a Sesp?

Imagem Verão de Salvador: terra de ninguém. Cadê a Sesp?
População denuncia falta de respeito em estacionamento próximo a Bali Beach e pouca infra-estrutura  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 03/12/2012, às 09h25   Terena Cardoso (Twitter: @Terena_Cardoso)


FacebookTwitterWhatsApp

Um belo domingo de sol sem dúvida merece ser aproveitado. No entanto, para quem gosta de praia, nos últimos meses recorrer a orla de Salvador nem sempre é uma boa opção. Na região próxima à casa de show Bali Beach, em Piatã, vendedores ambulantes tomam conta dos passeios e o som, nem sempre convidativo, vem dos carros estacionados no Sol Park.



“Quem quiser mesmo curtir a praia tem que chegar cedo e sair cedo. Isso aqui mais tarde é um inferno com o som alto e a baixaria. Fora o assédio dos vendedores ambulantes que ficam em cima da gente para consumir. Só para sentar nas mesas e cadeiras somos obrigados a pagar R$ 10”, critica o servidor público Edson Santos, de 35 anos, em entrevista para o Bocão News neste domingo (02).




Edson Santos se sente incomodado com o assédio dos ambulantes



Vendedores inibem consumidores de levarem comidas e bebidas de casa


Segundo informações de um agente de estacionamento do Sol Park, que preferiu não se identificar, a situação se complica por volta das 16h. “O pessoal aqui infelizmente não tem limite. Eles disputam quem coloca o som mais alto e quem quiser ter o carro lavado com xixi, pode trazer pra cá”, revela o trabalhador que lembra a pouca infra-estrutura no local. “Esse tipo de coisa acontece porque falta organização. Nem banheiro público suficiente tem aqui e a sujeira quem acaba limpando são os vendedores ambulantes. A prefeitura deveria atuar mais nessa região”, conta.



Ainda segundo o profissional, a situação por vezes é controlada com a presença da polícia militar. “Eu não sei quem a chama. Deve ser as pessoas que se incomodam com o barulho e a confusão. Mas, sempre que solicitada, a polícia vem aqui e a situação se abranda um pouco”, diz.

Mesmo com as reclamações por parte de alguns, há quem não considere a situação tão ruim assim. O conferente de produtos Luciano de Jesus, de 35 anos, aconselha aos incomodados procurar um lugar de seu agrado. “Acho que todo mundo tem o direito de curtir da forma que lhe convém. Praia hoje em dia é o último lugar que deve ser procurado para sossego. Aqui é lugar para azarar, dançar, praticar esportes... Ficar sossegado aqui atualmente é impossível”, acredita.



Luciano aconselha incomodados a procurarem outro lugar


A ajudante de cozinha Mari Santos, de 29 anos, partilha da mesma opinião. “Eu sei que aqui tem cozinhas improvisadas, que o atendimento ficou precário depois que as barracas foram retiradas... Mas eu nunca passei mal ou por alguma situação ruim. Eu gosto de vir aqui”, afirmou.



Mari Santos se arrisca a consumir alimentos em cozinhas improvisadas


Em contato com o Bocão News, o superintendente da Sucom (Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município), Cláudio Silva, informa que uma operação do órgão em conjunto com a polícia civil de nome “Sirele”, está fiscalizando neste final de semana diversos pontos da cidade e prometeu incluir a praia de Piatã no roteiro. Já a assessoria de comunicação da Limpurb prometeu retornar ainda hoje o contato da reportagem.

Nota originalmente publicada às 14h19 do dia 2/12

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp