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Estacionamentos privados lesam consumidores em Salvador

Imagem Estacionamentos privados lesam consumidores em Salvador
Sem fiscalização e por falta de vagas na cidade, os empresários deitam e rolam  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 01/11/2013, às 14h54   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Os motoristas que dependem de estacionamentos em Salvador têm sofrido maus bocados com as tarifas cobradas pelos empresários dos estabelecimentos privados na capital baiana.

A reportagem de capa desta sexta-feira (1°) no Jornal da Metrópole aborda a ação praticada por donos dos estacionamentos que continuam cobrando as tarifas a preços abusivos.  Até mesmo quem não tem a desculpa de fazer a cobrança fracionada aumentou a tarifa.

Os empresários do setor se aproveitam de pouco espaço – quase nenhum -   para estacionar na cidade. Este ano, a Prefeitura proibiu o estacionamento em diversas ruas da cidade e, sem alternativa, os motoristas são, praticamente, obrigados a usar os espaços privados e pagar caro para estacionar.

Além disso, os empresários do ramo se aproveitam da falta de iniciativa dos poderes públicos. O Procon ainda prepara uma operação para fiscalizar os estabelecimentos - que pode ou não acontecer este ano - e a Prefeitura ingressou com um recurso contra a liminar que declarou inconstitucional a lei do estacionamento fracionado. E ainda não há previsão se isso irá ser revertido. O Jornal da Metrópole tentou falar com os donos dos principais empreendimentos da cidade, sem sucesso.

Consultado, o economista Gustavo Pessoti garante que, sob uma ótica geral do caso, os estacionamentos não têm custos elevados que justifiquem o reajuste desproporcional das tarifas.

"É muito fácil verificar que eles não têm custos fixos, nem variáveis muito altas. Normalmente, eles têm lá um funcionário tomando conta de um estabelecimento e, basicamente, o custo variável é o salário dessa pessoa, e digamos assim, um custo muito baixo”.
Apesar de as planilhas dos estabelecimentos não serem divulgadas, Pessoti acredita que os números não justificam. "Esses valores altos absolutamente não condizem com as planilhas de custos", diz.

A reportgaem tentou ouvir empresários dos estacionamentos e entender melhor os aumentos. Durante esta semana, por diversas vezes, entrou em contato com a Associação Brasileira de Estacionamentos (Abrapark) para ter um posicionamento sobre a questão, mas não obteve sucesso.

A reportagem também tentou contatar o diretor regional da instituição, Jorge Marcos Soares de Novaes, que também é um dos sócios da WellPark - rede que domina o mercado soteropolitano - mas também não conseguiu nenhum retorno até o fechamento desta edição.

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