‘Rolezinho’. Se você ainda não sabe o que é, eis uma breve e clara explicação: encontro de jovens. Até aí tudo bem, se esses encontros não tivessem provocado uma reação violenta da polícia que foi acionada para apurar casos de roubos e vandalismo, em shoppings de São Paulo, na última semana. Desde o início do ano, grupos têm marcado através das redes sociais encontros nos shoppings da grande capital. No último sábado (11), muitos vídeos da ação policial tomaram as redes sociais. O caso terminou com o uso de bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral, além de balas de borracha, pela PM, que foi acionada para conter os jovens. Apesar do tumulto, a assessoria do shopping informou que não houve registro de furto ou roubo. Outro encontro está marcado para domingo (19) no Shopping Leblon, no Rio de Janeiro. A polícia afirmou não fará a segurança do estabelecimento porque os encontros não são considerados crimes e afirma que só deve ser acionada caso haja algum tipo de vandalismo ou outra ocorrência.
Grupos que organizam estes movimentos acreditam que o ‘rolezinho’ incomoda por ser uma manifestação de jovens negros, pobres e sem acesso ao lazer e educação. Prova disso, é que no dia 20 está sendo marcada uma ação na Biblioteca Nacional. "Porque o estudo e a leitura abrem portas, portas de shoppings, portas de carros e de casas. Você pode ser rico ou pobre, negro ou branco, as portas se abriram na mesmo (sic), pois o conhecimento é a única forma de acabar com essas diferenças", diz o texto de convocação no Facebook. *Com informações do Jornal do Brasil.
Salvador
A realidade do ‘rolezinho’ é tímida em Salvador. Depois que o Shopping Barra ganhou a mídia quando funcionários de uma loja reivindicaram a ausência de um travesti no banheiro feminino do estabelecimento, um grupo de jovens achou bem-vinda a ideia.
Vale ressaltar, que o shopping se manifestou a favor da não segregação social através de uma nota. Ainda assim, mais de 200 pessoas confirmaram presença no evento com data marcada para o dia 1º de fevereiro. A peculiaridade do grupo ficou por conta do estilo musical. Se em São Paulo os ‘rolezinhos’ são regados á funk, na Bahia, será o É o Tchan o tema musical. E não vale ser o ‘Tchan’ do ano 2000. Tem que ser aquele lá de longe, da década de 90... 
"Nós não podemos deixar de nos indignar e muito menos permitir que atos segregacionistas como o que aconteceu hoje em São Paulo tornem-se cotidiano.
Por isso estou convocando a galera para um rolezinho no Shopping Barra.
Só a galera das antigas e ao invés de funk vamos todos cantar e dançar É o Tchan."
