Informe

Entenda a importância do saneamento básico no combate à covid-19 e outras doenças

Divulgação / Embasa
Segundo a Embasa, os investimentos no tratamento de esgoto contemplou cidades e localidades turísticas situadas em importantes bacias hidrográficas na Bahia  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Embasa

Publicado em 19/03/2021, às 16h34   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

Conviver em harmonia com a natureza é algo que tem sido bastante discutido na atualidade e influencia, inclusive, na economia dos países. Neste contexto, compreender a relação entre saneamento básico, meio ambiente e economia, é extremamente importante. O saneamento precário cria o ambiente propício para muitas doenças, principalmente, no momento atual que enfrentamos a pandemia de covid-19. 

Uma reportagem da BBC News Brasil focalizou os estudos realizados na China e em Cingapura que foram publicados na revista científica Lancet Gastroenterol Hepatol, revelando que as fezes dos pacientes infectados continham o material genético do vírus (RNA) e este permaneceu por cerca de cinco semanas, mesmo após as amostras do trato respiratório terem sido negativadas. Outras pesquisas realizadas na Holanda indicaram que o monitoramento do esgoto para verificar a presença do coronavírus seria uma estratégia para detectar a doença na população, inclusive nos portadores assintomáticos.

Neste cenário, segundo órgãos sanitários do país, inúmeras doenças são causadas pela precariedade do esgotamento sanitário. Entre elas, diarreia, a febre tifoide, a febre paratifoide, as shigeloses, a cólera, a hepatite A, a amebíase, a giardíase, a leptospirose, a poliomelite, a ancilostomíase (amarelão), a ascaridíase (lombriga), a teníase, a cisticercose, a filariose (elefantíase) e a esquistossomose.

Apesar da multiplicidade de fatores, não é difícil estabelecer uma relação entre a precariedade do saneamento e as moléstias que acometem a população. Especialistas das Nações Unidas apontam a importância de se investir em saneamento básico. Segundo eles, a cada U$ 1 gasto com tratamento de esgoto, são economizados U$ 4 em atendimento de saúde. A oferta de esgoto encanado melhora o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de uma localidade e foi incluída entre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

Situação na Bahia
Na Bahia, a Embasa está presente em 368 dos 417 municípios e alcança, atualmente, uma cobertura de 92% em abastecimento de água e 46% em coleta e tratamento de esgoto em sua área de atuação.

Os investimentos efetivados e entregues aos municípios de sua área de atuação, entre 2007 e 2020, junto com as ações do Governo do Estado somam o montante de R$ 9 bilhões e resultaram em aproximadamente mais 4 milhões de pessoas com acesso a água tratada e mais 2,5 milhões de pessoas com acesso a coleta e tratamento de esgoto. 

Para Embasa, esses números são mais do que uma conquista para a Bahia que apresenta índices de cobertura de atendimento significativos no cenário nacional, considerando-se a extensão geográfica do estado e 2/3 do seu território situado em região semiárida com pouca disponibilidade hídrica. 

No último relatório do Sistema Nacional de Informações do Saneamento (SNIS), com dados de 2019, a Bahia alcançou um índice acima de 90% de atendimento com rede de água e um patamar entre 40% e 70% de atendimento com rede coletora de esgoto em área urbana. Mesmo não atuando em todos os 417 municípios da Bahia, o trabalho da Embasa foi decisivo para o alcance desses indicadores. 

Esgotamento Sanitário
Segundo a Embasa, os investimentos em ampliação do acesso a coleta e tratamento de esgoto, ao longo dos últimos 14 anos, contemplou cidades e localidades turísticas situadas em importantes bacias hidrográficas existentes no estado. 

Foram feitos investimentos em Feira de Santana, município situado na bacia do rio Jacuípe cujas águas afluem para o lago de Pedra do Cavalo, importante manancial de abastecimento de Salvador, Região Metropolitana de Salvador, Recôncavo e da Região Metropolitana de Feira de Santana. 

Os municípios situados próximos à foz do rio Paraguaçu que deságua na Baía de Todos os Santos (BTS), assim como as ilhas de Bom Jesus dos Passos e dos Frades e os municípios ribeirinhos da BTS, receberam muitos investimentos e, hoje, contam com coleta e tratamento de esgoto, apresentando uma média de cobertura nas respectivas zonas urbanas de 60% (*dados SNIS 2019). Os municípios são: Salvador, Simões Filho, São Francisco do Conde, Madre de Deus, Candeias, Santo Amaro, Cachoeira, São Félix, Muritiba e Cruz das Almas. 

Para citar outro exemplo de universalização regionalizada do esgotamento sanitário, a Embasa também investiu muitos recursos, no litoral norte, para garantir o acesso a coleta e tratamento de esgoto em Camaçari (sede e localidades litorâneas), Mata de São João (localidades litorâneas), Entre Rios (Subaúma) e Conde (sede). Essa é uma região com vários rios utilizados como manancial, a exemplo dos rios Pojuca e Sauípe. 

Ampliação de investimentos 
Um exemplo é a aprovação pela Assembleia Legislativa da Bahia, no último dia 9 de  março, do projeto de lei que autoriza a Embasa tomar empréstimo de R$ 500 milhões do Banco do Brasil, para realização de obras de esgotamento sanitário em municípios baianos. A captação desse recurso pela empresa foi possível graças aos excelentes indicadores de eficiência empresarial, evidenciados por sua margem de geração de caixa (margem Ebitda) e crescimento da receita operacional líquida, que demonstram sua solidez financeira e crescente capacidade de pagamento. 

A Embasa, desde 2007, vem realizando investimentos para ampliar o acesso aos serviços de água e esgoto em sua área de atuação na Bahia que já somam R$ 6,1 bilhões, sendo que a média anual de investimentos gira em torno de R$ 500 milhões, entre recursos próprios e financiados. A meta da empresa para 2021 é ir além, pois pretende investir R$ 1 bilhão na implantação e ampliação de sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, de forma a buscar atingir as metas de atendimento do novo marco regulatório do saneamento básico, vigente desde julho do ano passado, que determina índice de cobertura de 90% para o serviço de coleta e tratamento de esgoto e de 99% para o serviço de abastecimento de água tratada até 2033. 

Os R$ 500 milhões tomados junto ao Banco do Brasil integram a estratégia de captação de recursos da empresa para os próximos cinco anos (2021-2025) e será aplicado na implantação de sistema de esgotamento sanitário (SES) nos municípios de Serrinha, Barra do Choça, Capim Grosso, Riachão do Jacuípe, Ruy Barbosa, Amargosa e Conceição do Coité e na ampliação do SES de Jequié. Organizações de fomento ao desenvolvimento econômico e social e parcerias com o setor privado também integram a estratégia de captação de recursos da Embasa.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp