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Entenda como os municípios são beneficiados com tratamento de água e esgoto

Divulgação / Emabasa
Bnews - Divulgação Divulgação / Emabasa

Publicado em 22/05/2021, às 17h19   Redação BNews


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O saneamento básico é um dos fatores fundamentais para que um país possa ser chamado de desenvolvido. Os benefícios que os serviços de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos proporcionam a população são inúmeros. Entre eles, melhoria da qualidade de vida, sobretudo na saúde infantil com redução da mortalidade, melhores índices na Educação, valorização dos imóveis e expansão do Turismo, além da despoluição dos rios e preservação dos recursos hídricos. 

Benefícios
Um estudo feito pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) apontou que cerca de 65% das internações hospitalares infantis são provocadas por causa de problemas de saneamento básico. Um levantamento feito pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) indicou que mais de 100 doenças podem ser evitadas quando os serviços de saneamento estão presentes. Nesse cenário, o custo de uma internação por infecção gastrointestinal pelo SUS é de R$ 355,71 por paciente. A análise apontou que se todos tivessem acesso à coleta de esgoto, teríamos 74,6 mil internações a menos no país.

Esses números preocupantes refletem nos índices de mortalidade infantil e nas despesas públicas com internações hospitalares. Uma das doenças causadas pela ausência desses serviços é a diarreia, responsável pela morte de 361 mil crianças com menos de 5 anos no mundo todo anualmente. O acesso à coleta de esgoto e à água tratada poderiam evitar 88% das mortes. 

Moradores de áreas sem acesso à rede de distribuição de água e de coleta de esgotos têm uma redução do atraso escolar, ou seja, uma escolaridade menor significa uma perda de produtividade e de remuneração das gerações futuras. 

Dados da PNAD 2015 revelam um impacto expressivo do saneamento sobre o valor dos ativos imobiliários e sobre a renda gerada pelo setor. Somente o custo desse atraso escolar devido à falta de saneamento alcançou R$ 16,6 bilhões em 2015.

O setor imobiliário também é afetado pelo saneamento básico. Considerando dois imóveis em bairros similares e que se diferenciam apenas pelo acesso ao saneamento, aquele que estava ligado às redes de distribuição de água e de coleta de esgoto poderia ter seu valor elevado em quase 14%. 

Em locais com praias próprias para banho, por exemplo, as propriedades ligadas às redes de distribuição de água e de coleta de esgoto são mais valorizadas, com resultados positivos até no mercado imobiliário. 

A contaminação do meio ambiente por esgoto compromete, ou até anula, o potencial turístico de uma região. Mas, com rios, lagos e mares despoluídos, as paisagens naturais se tornarão mais bonitas e atrativas. Além disso, com o turismo valorizado, a geração de renda aumenta para os trabalhadores do setor e para os comerciantes locais.

Com base no modelo estatístico, estima-se que os ganhos de renda do turismo devidos à universalização do saneamento atinjam em média R$ 1,2 bilhão por ano no período de 2015 a 2035. Em vinte anos, os ganhos com a valorização ambiental para o turismo brasileiro devem atingir R$ 24,5 bilhões, uma renda maior para os trabalhadores do setor, lucros para as empresas e impostos para os governos, principalmente dos municípios que recebem impostos sobre os serviços e as atividades de turismo.

Situação na Bahia
Na Bahia, a Embasa está presente em 368 dos 417 municípios e alcança, atualmente, uma cobertura de 92% em abastecimento de água e 46% em coleta e tratamento de esgoto em sua área de atuação.

Os investimentos efetivados e entregues aos municípios de sua área de atuação, entre 2007 e 2020, junto com as ações do Governo do Estado somam o montante de R$ 9 bilhões e resultaram em aproximadamente mais 4 milhões de pessoas com acesso a água tratada e mais 2,5 milhões de pessoas com acesso a coleta e tratamento de esgoto. 

Para Embasa, esses números são mais do que uma conquista para a Bahia que apresenta índices de cobertura de atendimento significativos no cenário nacional, considerando-se a extensão geográfica do estado e 2/3 do seu território situado em região semiárida com pouca disponibilidade hídrica. 

No último relatório do Sistema Nacional de Informações do Saneamento (SNIS), com dados de 2019, a Bahia alcançou um índice acima de 90% de atendimento com rede de água e um patamar entre 40% e 70% de atendimento com rede coletora de esgoto em área urbana. Mesmo não atuando em todos os 417 municípios da Bahia, o trabalho da Embasa foi decisivo para o alcance desses indicadores. 

Esgotamento Sanitário
Segundo a Embasa, os investimentos em ampliação do acesso a coleta e tratamento de esgoto, ao longo dos últimos 14 anos, contemplou cidades e localidades turísticas situadas em importantes bacias hidrográficas existentes no estado. 

Foram feitos investimentos em Feira de Santana, município situado na bacia do rio Jacuípe cujas águas afluem para o lago de Pedra do Cavalo, importante manancial de abastecimento de Salvador, Região Metropolitana de Salvador, Recôncavo e da Região Metropolitana de Feira de Santana. 

Os municípios situados próximos à foz do rio Paraguaçu que deságua na Baía de Todos os Santos (BTS), assim como as ilhas de Bom Jesus dos Passos e dos Frades e os municípios ribeirinhos da BTS, receberam muitos investimentos e, hoje, contam com coleta e tratamento de esgoto, apresentando uma média de cobertura nas respectivas zonas urbanas de 60% (*dados SNIS 2019). Os municípios são: Salvador, Simões Filho, São Francisco do Conde, Madre de Deus, Candeias, Santo Amaro, Cachoeira, São Félix, Muritiba e Cruz das Almas. 

Para citar outro exemplo de universalização regionalizada do esgotamento sanitário, a Embasa também investiu muitos recursos, no litoral norte, para garantir o acesso a coleta e tratamento de esgoto em Camaçari (sede e localidades litorâneas), Mata de São João (localidades litorâneas), Entre Rios (Subaúma) e Conde (sede). Essa é uma região com vários rios utilizados como manancial, a exemplo dos rios Pojuca e Sauípe. 

Ampliação de investimentos 
A Embasa, desde 2007, vem realizando investimentos para ampliar o acesso aos serviços de água e esgoto em sua área de atuação na Bahia que já somam R$ 6,1 bilhões, sendo que a média anual de investimentos gira em torno de R$ 500 milhões, entre recursos próprios e financiados. A meta da empresa para 2021 é ir além, pois pretende investir R$ 1 bilhão na implantação e ampliação de sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, de forma a buscar atingir as metas de atendimento do novo marco regulatório do saneamento básico, vigente desde julho do ano passado, que determina índice de cobertura de 90% para o serviço de coleta e tratamento de esgoto e de 99% para o serviço de abastecimento de água tratada até 2033.

Classificação Indicativa: Livre

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