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Ativista chinês ganha Nobel da Paz

Imagem Ativista chinês ganha Nobel da Paz
Liu Xiaobo foi escolhido por sua luta pelos direitos humanos   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 08/10/2010, às 10h56   Redação Bocão News


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Preso desde o Natal de 2009 e condenado a 11 anos de prisão por ter publicado manifesto em defesa da liberdade de expressão e de eleições multipartidárias em seu país, o professor e ativista chinês Liu Xiaobo, 54, ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2010. Ele vai receber um prêmio de U$1,5 milhão (cerca de R$2,7 milhões).

O prêmio foi concedido ao chinês Liu Xiaobo, nesta sexta-feira (8) devido ao uso da não-violência na defesa dos direitos humanos no seu país natal. A China reagiu duramente, qualificando a decisão de uma "blasfêmia" ao próprio prêmio. Não se sabe se o ganhador já teve conhecimento da premiação, mas sua mulher disse que o melhor prêmio seria a liberdade do marido.

Crítico contumaz do regime autoritário chinês, Xiaobo é o mais famoso dissidente político do seu país, considerado um problema para o governo devido às suas fortes críticas ao Estado de partido único da China. Seus comentários públicos tem irritado o governo, que insiste que a China é um país com o Estado de direito e que respeita os direitos humanos fundamentais. 

Sua condenação foi rejeitada internacionalmente por grupos de direitos humanos, Washington e muitos governos. Xiaobo é considerado um problema para o governo do seu país desde 1989, quando se juntou aos protestos de estudantes na Praça Celestial.

Em reação à premiação, o regime chinês imediatamente bloqueou a notícias sobre o assunto na TV e na internet, censurando mensagens na rede com o nome do dissidente, e afirmou que a decisão põe em risco as relações entre a China e a Noruega, país-sede do instituto que confere o prêmio.

Nos últimos dias, diplomatas chineses já vinham pressionando o comitê do Nobel a não premiar Liu, advertindo que a decisão poderia comprometer as relações bilaterais entre a China e a Noruega, país que sedia o comitê organizador da premiação.

Foto: Will Burgess, Reuters

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