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Atentado no Irã deixa ao menos 24 mortos e 53 feridos

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O ministro disse que crianças e jornalistas estão entre as vítimas do ataque  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 22/09/2018, às 10h10   Folhapress


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Homens armados atacaram uma parada militar iraniana neste sábado (22), em Ahvaz, no sudoeste do Irã, matando pelo menos 24 pessoas e ferindo outras 53, segunda agência de notícias IRNA.
O ataque deixou pelo menos oito membros da Guarda Revolucionária de elite do país mortos e outros 20 feridos, informou a mídia local.

Nenhum grupo imediatamente assumiu a responsabilidade pelo ataque contra uma multidão de guardas, observadores e funcionários do governo. No entanto, o Irã enfrentou um ataque sangrento no ano passado do grupo terrorista Estado Islâmico e os separatistas árabes da região já atacaram os oleodutos no passado.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, culpou imediatamente os ataques aos países da região e aos "mestres americanos", aumentando ainda mais as tensões regionais.
Pelo Twitter, Zarif alertou que "o Irã reagirá rápida e decisivamente em defesa das vidas iranianas". 

O ministro disse que crianças e jornalistas estão entre as vítimas do ataque. Ele acrescentou que os atiradores eram "terroristas recrutados, treinados, armados e pagos por um regime estrangeiro", sem afirmar de quem se trata. Relatos de como o ataque aconteceu ainda não estão claros. Um repórter da TV estatal IRIB disse que o tiroteio veio de um parque próximo ao local. 

A agência de notícias semi-oficial Fars, próxima à Guarda Revolucionária, informou que dois homens armados em uma motocicleta usando uniformes cáqui realizaram o ataque. O governador da província de Khuzestan (cuja capital é Ahvaz), Gholamreza Shariati, disse à agência IRNA que dois homens armados foram mortos e outros dois foram presos.

'SINAL DE PODER' 
Apesar do ataque ainda não ter sua autoria revelada, para o vice-almirante Ali Fadavi, membro da Guarda Revolucionária do Irã, o incidente é de responsabilidade do Estado Islâmico.
"Esse ato de terror não é um sinal de poder, mas de fraqueza e continuação das ações do Daesh [Estado Islâmico] no Iraque e na Síria, onde atiram em inocentes", afirmou.

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