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Para evitar troca de papéis de gênero, China propõe ensino de masculinidade do jardim de infância ao ensino médio

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Espera-se tradicionalmente que os rapazes chineses saibam liderar, tirem boas notas (principalmente na área de exatas e biológicas) e sejam destaques nos esportes  |   Bnews - Divulgação Pixabay

Publicado em 01/04/2021, às 20h58   Redação BNews


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O Ministério da Educação daChina divulgou planos para “cultivar a masculinidade” em meninos do jardim de infância ao ensino médio. O projeto vai contratar e formar mais professores de educação física, terão mais avaliações de capacidade física dos estudantes, ainda terá obrigatoriedade da educação em saúde e o apoio à pesquisa de temas como a “influência do fenômeno das celebridades da internet nos valores dos adolescentes”.

Espera-se tradicionalmente que os rapazes chineses saibam liderar, tirem boas notas (principalmente na área de exatas e biológicas) e sejam destaques nos esportes.

“Os meninos chineses foram mimados por donas de casa e professoras”, afirmou Si Zefu, membro da Conferência política do governo chinês, em uma proposta de política feita em maio do ano passado. Segundo ele, os meninos se tornariam “delicados, tímidos e afeminados”, e o governo precisava fazer algo para evitar isso. 

Fazer esse plano para manter a masculinidade dos meninos chineses é uma questão de segurança nacional, segundo Si zefu, que também alertou que a “feminização” dos chineses “ameaça a sobrevivência e o desenvolvimento da China”.

As meninas chinesas são vistas como menos intelectuais e menos competitivas. Essas normas de gênero na China estão enraizadas na filosofia tradicional, em que dois elementos governam o mundo: as mulheres são associadas ao elemento mais suave e passivo do “yin”, enquanto os homens são representados pelo elemento mais forte e ativo de “yang”.

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