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Ataque a tiros em escola dos EUA deixa ao menos um morto

Divulgação/Knoxville Police TN
Imagens de televisão mostram equipes de policiais e dos bombeiros no entorno da escola  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Knoxville Police TN

Publicado em 12/04/2021, às 20h00   Folhapress


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Um ataque a tiros na escola Austin-East, em Knoxville, no estado do Tennessee, nesta segunda-feira (12), deixou uma pessoa morta e um agente ferido, segundo comunicado divulgado pela polícia local. Um suspeito foi detido.

O jornal local Knoxville News-Sentinel, citando uma fonte que não quis ser identificada, divulgou que a vítima é um jovem. O agente, que trabalhava como segurança da escola, foi atingido no quadril e passa por cirurgia, ainda de acordo com o veículo. A polícia afirmou que ele não corre risco de morrer.

Segundo publicação da polícia no Twitter, como há um agente envolvido, o caso será investigado pela Agência de Investigação do Tennessee.

Imagens de televisão mostram equipes de policiais e dos bombeiros no entorno da escola. "Estamos coletando informações sobre essa trágica situação e vamos fornecer mais detalhes assim que possível", escreveu no Twitter Bob Thomas, superintendente das escolas de Knoxville. Ele acrescentou que o local já está seguro e que alunos não envolvidos no ataque foram liberados para suas famílias.

Segundo o Knoxville News-Sentinel, a porta-voz das Escolas do Condado de Knox, Carly Harrington, disse que o estabelecimento está em lockdown e que um local de reunificação entre pais e alunos foi criado no campo de beisebol da instituição de ensino.

A polícia de Knoxville divulgou que se dirigiu ao local após relatos de que havia um homem possivelmente armado na escola. Ao se aproximarem do suspeito, tiros foram disparados. Uma pessoa morreu no local.

O ano de 2021 trouxe os ataques a tiros nos EUA de volta ao debate. Durante o primeiro ano da pandemia, o tema tinha ficado em segundo plano, pois houve menos ataques em público -foram apenas dois em 2020. Mas 2021 já alcançou essa marca, com dois casos em março.

No dia 16, em Atlanta (Geórgia), um homem matou oito pessoas, seis das quais de origem asiática. E, no dia 22, dez pessoas foram assassinadas em um supermercado em Boulder (Colorado).

O compilado de mortos de 2020 em outras situações que costumam ganhar menos repercussão -como brigas domésticas e assaltos-, no entanto, mostrou a gravidade da crise: os crimes por arma de fogo aumentaram no país, mesmo em meio ao isolamento social.

Houve 19.380 mortos e 39.427 feridos por tiros nos EUA no ano passado, segundo dados da entidade Gun Violence Archive. Desde 2016, a média ficava em torno de 15 mil mortes por ano. Em grandes cidades, as taxas de assassinato estão voltando a patamares dos anos 1990. Segundo levantamento feito pela revista The Economist, Chicago teve alta de 56%, Nova York, de 45%, e San Francisco, 36%.

Após os recentes ataques, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou uma série de ações executivas para conter a violência armada.

Entre as novas regras preparadas pelo Departamento de Justiça está uma proposta para a redução da proliferação das chamadas "armas fantasmas", kits com peças e instruções que permitem ao comprador montar o próprio armamento "em menos de 30 minutos", driblando, assim, a fiscalização.

Também dentro de dois meses, o Departamento de Justiça deve publicar uma proposta de lei conhecida como "red flag" (bandeira vermelha), que permite a tribunais e autoridades locais remover temporariamente o acesso a armas de pessoas consideradas perigosas para si mesmas ou para a comunidade.

O plano, segundo o secretário da pasta, Merrick Garland, é que o texto sirva de modelo para que os estados redijam suas próprias versões. Para que esse tipo de lei entre em vigor em âmbito federal, Biden precisa de um aval do Congresso, mas o objetivo, segundo a Casa Branca, é facilitar o caminho para que os estados queiram implementar as mudanças de imediato.

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