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Japão condena americanos que ajudaram o ex-presidente da Renault-Nissan Carlos Ghosn a fugir

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Carlos Ghosn fugiu do Japão escondido em uma caixa de equipamento de som.   |   Bnews - Divulgação Reprodução / TV Globo

Publicado em 19/07/2021, às 11h26   Redação BNews


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Dois americanos foram condenados nesta segunda-feira (19) por um tribunal de Tóquio por terem ajudado o brasileiro Carlos Ghosn, ex-CEO da Renault e da Nissan, a fugir do Japão no fim de 2019. Michael Taylor, de 60 anos, foi condenado a dois anos de prisão e seu filho Peter Taylor, de 28 anos, a um ano e oito meses.

Segundo o jornal 'O Globo', ao proferir a sentença, o juiz  Hideo Nirei disse que suas ações causaram “danos extremos” ao sistema de justiça japonês e que o tempo na prisão era “inevitável”, de acordo com reportagens da imprensa local.  Michael e Peter Taylor aceitaram as acusações e pediram desculpas no tribunal.

O juiz destacou que foi um "crime grave" porque a perspectiva de ver Ghosn julgado no Japão algum dia praticamente não existe mais. Ele está em Beirute, no Líbano, desde que escapou das autoridades japonesas.

"Os dois acusados conseguiram com êxito uma fuga ao exterior sem precedentes e tiveram um papel proativo nesta operação", afirmou o juiz.

Durante uma audiência realizada em junho, em Tóquio, os dois já haviam se declarado culpados.

Carlos Ghosn fugiu do Japão escondido em uma caixa de equipamento de som. Ele tem nacionalidade brasileira, libanesa e francesa e havia sido detido em 2018 em Tóquio por acusações de irregularidades financeiras.

Ele estava em liberdade condicional e aguardava o julgamento quando conseguiu escapar das autoridades japonesas em 29 de dezembro de 2019 e embarcar em um avião privado para o Líbano, que não extradita seus cidadãos.

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