Nesta quarta-feira (29),
especialistas em política externa se reuniram no encontro promovido pela BBC em São Paulo para discutir os rumos que o Brasil deve tomar para aperfeiçoar as suas relações internacionais. O ex-ministro das Relações Exteriores, Luiz Felipe Lampreia defendeu que o Brasil diminua sua participação em casos internacionais.
“Acho que o Brasil, cada vez mais na América Latina, deve procurar atuar para evitar o desenvolvimento de conflitos entre os países irmãos. Mas, fora da América Latina deve reconhecer que só em casos muito especiais e até difíceis de imaginar deva atuar internacionalmente, porque não tem peso especifico para isto e acaba se desgastando. Eu creio que o Brasil deve, com este novo peso internacional que adquiriu, atuar seletivamente em algumas áreas, por exemplo, das instituições financeiras, das mudanças climáticas, não proliferação nuclear, em tudo isso o Brasil tem credenciais excepcionais e é respeitado como interlocutor” analisou o ex-ministro.
Já o representante da OEA no Haiti, Ricardo Seitenfus, entende que o país precisa manter a política externa. “No fundo a estratégia de estar presente, de oferecer seus serviços, como os de interlocutor ou mediador de conflitos devem ser mantidos. Espero que não haja uma ruptura deste processo que é um processo recente para o Brasil”, defendeu.
