Política

Crítica dos servidores ao carlismo esfria oposição em sessão na Alba

Publicado em 23/12/2015, às 11h36   David Mendes (@_davidmendes)



Os deputados da bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) mantém a contrariedade à aprovação da PEC 148 e do Projeto de Lei 21.660, que prevê mudanças na concessão de vantagens aos servidores estaduais, mas as defesas na sessão desta terça-feira, antevéspera de Natal, não estão tão acaloradas.

Conforme apurou a reportagem, o esfriamento no embate com a bancada governista se dá por conta de críticas feitas pelos sindicatos, que enviaram nesta manhã uma carta aberta. O documento chama a atenção dos deputados da base do governador Rui Costa (PT), mas cita "soldados" do carlismo, alguns deles hoje na Oposição, combatendo o governo petista. "Não foi para isso que derrubamos o coronel [ACM] e seus soldados em 2006. Lutamos para que a conversa, o entendimento e as boas relações de trabalho estivessem à frente do arbítrio e da imposição. Hoje, infelizmente, percebemos a volta ao tempo em que as relações se limitavam à formalidade do protocolo da Governadoria e da Saeb [Secretaria de Administração]", diz o texto assinado por 35 entidades baianas representativas dos servidores.

A mensagem atingiu em cheio os oposicionistas, que tem como líder o democrata Sandro Régis, além dos deputados Luciano Ribeiro, um dos mais aguerridos na defesa do cumprimento do regimento durante as votações das propostas que atingem os servidores, Targino Machado e Pablo Barrozo, fiel escudeiro do prefeito de Salvador, ACM Neto, herdeiro do espólio político do ex-senador ACM.

Ao Bocão News, Marinalva Nunes, presidente da Fetrab, foi um pouco na contramão: "No tempo da ditadura, da malvadeza, tínhamos todos esses direitos. Hoje, no tempo da democracia, vamos perder esse direito?", questionou. Na carta, os sindicatos apontam que muitos deputados governistas construíram suas trajetórias nos movimentos sociais e de trabalhadores. No resumo da ópera, os servidores mostram que governo é governo, oposição é oposição, cada um cumpre seu papel.

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