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Presa promotora acusada de corrupção

Imagem Presa promotora acusada de corrupção
Deborah Guerner é acusada de se beneficiar do mensalão do DEM  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 20/04/2011, às 14h45   Bocão News / G1


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A promotora Deborah Guerner foi presa na manhã desta quarta-feira (20) pela Polícia Federal. Ela e o ex-procurador de Justiça do Distrito Federal (DF) Leonardo Bandarra são acusados de exigir R$ 2 milhões para não divulgar um vídeo em que o ex-governador José Roberto Arruda aparece recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa.

Segundo denúncias de Durval Barbosa, Bandarra recebeu do esquema R$ 1,6 milhão, além de R$ 150 mil por mês, para impedir que os contratos sem licitação para a coleta de lixo fossem investigados.
Corrupção - De acordo com Ministério Público Federal no DF, Deborah Guerner e o marido, Jorge Guerner, tiveram a prisão preventiva decretada com base em indícios de participação de ambos em outro esquema de corrupção em São Paulo. O objetivo da prisão, segundo o MP, é garantir a ordem pública e evitar que crimes continuem a ser cometidos. O MP informou que ainda não pode divulgar detalhes dessa nova investigação.

O MP informou também que nesta terça-feira (19) foi feito um novo pedido de denúncia contra a promotora. Ela é acusada de fraude processual por ter supostamente simulado insanidade mental para não ser responsabilizada pelos crimes dos quais é investigada. De acordo com o MP, há provas, em vídeos e documentos, de que Guerner teria feito aulas de teatro para simular a loucura, além de outros artifícios.

Guerner e Bandarra foram denunciados pelos crimes de violação de sigilo funcional, concussão (exigir dinheiro ou vantagem em razão da função que ocupa) e formação de quadrilha. Eles foram afastados das funções no MP em dezembro de 2010. Bandarra foi procurador-geral de Justiça do Distrito Federal até junho de 2010 e a promotora Deborah Guerner era sua auxiliar.

Segundo dados da investigação da Polícia Federal, teria sido Deborah a responsável por estabelecer as negociações de cobrança de propina com Durval Barbosa quando ele ocupava a Secretaria de Relações Institucionais no governo Arruda.

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