Polícia

Quatro anos após desaparecimento de Davi Fiuza, PMs não foram afastados

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 O número de policiais acusados foi revisado duas vezes  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 11/09/2018, às 10h16   Chayenne Guerreiro


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Desaparecido há quatro anos, o adolescente Davi Fiuza teria sido vítima de sequestro e cárcere privado por parte de sete policiais militares denunciados nesta segunda-feira (10) pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA). No entanto, em 2016, um ano e meio após o crime, a Polícia Civil indiciou 23 PMs pelo assassinato do jovem, além dos crimes de ocultação de cadáver e formação de quadrilha. Nenhum deles, até hoje, foi afastado da corporação. 

O BNews já havia noticiado que, na época do crime, os carros usados pelos policiais em ação não foram submetidos à perícia.  O número de policiais acusados foi revisado duas vezes. Inicialmente, 23 militares tinham sido indiciados, mas o MP pediu novas investigações à polícia, que, após revisão do inquérito, indiciou 17 policiais pelo crime. 

Esse número diminuiu novamente, nesta segunda-feira (10), para 7. De acordo com a promotora de Justiça Ana Rita Nascimento, o posicionamento das viaturas envolvidas no evento e de seus ocupantes foi definido a partir das informações dos mapas dos GPS instalados nas viaturas e dos aparelhos de rádio (HTs) dos seus comandantes.

Segundo a denúncia do MP, no dia do crime, os policiais participavam de um curso de nivelamento realizado pela 49ª CIPM e pelo Pelotão Especial Tático Operacional (Peto) com prática de incursão nas localidades do Cassange, Planeta dos Macacos, Vila Verde, dentre outras. 

Procurada pelo BNews, a Polícia Militar informou, por meio de nota, que não instaurou Inquérito Policial Militar (IPM) na época para este caso por não ter ficado evidenciado a participação de policiais militares no crime naquele momento. Ficando, pois, a cargo da Polícia Civil a investigação. 

“Com o resultado do inquérito da Polícia Civil, a PM vai instaurar um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar a conduta dos policiais militares. Com a instauração do PAD, há previsão do afastamento das funções operacionais”, informa o comunicado.

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