Polícia

Mais de 100 comércios são roubados por mês em Salvador

Imagem Mais de 100 comércios são roubados por mês em Salvador
Grandes e pequenos empresários reclamam da falta de segurança especializada para o setor  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 18/09/2012, às 10h47   Terena Cardoso (Twitter: @terena_cardoso)


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Na última quinta-feira (13), a Cesta do Povo do bairro de Periperi foi arrombada. Os ladrões utilizaram uma marreta para abrir a porta e levar todos os caixas registradores, mais alguns produtos do local. A notícia, para alguns, pode parecer corriqueira e os números de arrombamentos a estabelecimento comercial em Salvador não deixa a desejar: de janeiro a agosto deste ano, 875 comércios foram arrombados na capital baiana.

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA),
Carlos Amaral, reconhece que o número é alto e que pode até ser maior. “O número é elevado e infelizmente verdadeiro. Sempre que há a necessidade, recorremos ao poder público para solicitar mais segurança e fazer os reclames, mas nem sempre somos atendidos de forma satisfatória”, revela o presidente, que diz sentir falta de segurança pública especializada para o setor. “Mesmo havendo o policiamento, ele não é suficiente. Concordo até que esse número pode ser mais alto”, diz.

Para o presidente Teobaldo Costa, da Associação Baiana de Supermercados (Abase), o número é lamentável. “O contingente de seguranças particulares hoje é maior que o da polícia militar e civil. Infelizmente o empresário, como cidadão, precisa exercer o papel do Estado para se proteger. Sem contar os pequenos comerciantes que sofrem mais, pois nem sempre têm condições de contratar mão de obra especializada em segurança, que é cara”, conta.

A Abase, que tem quase mil associados, não consegue acompanhar o número de arrombamentos e furtos aos estabelecimentos comerciais do setor alimentício, mas mantém contato com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), para atender as demandas. “São muitos os registros, e o número dos associados é pequeno. Salvador tem mais de 20 mil estabelecimentos comerciais só neste ramo, então, fica realmente difícil acompanhar. Mas quando percebemos um local com maior incidência, pedimos ajuda à secretaria e ao comandante da polícia militar, que dão atendimento mais intenso na área. É complicado, pois são muitos problemas ao mesmo tempo”, revela o presidente da Abase.



Bandidos levaram todos os caixas registradores da Cesta do povo de Periperi


Em contato com o Bocão News, a secretaria de segurança pública informou que os 875 comércios arrombados estão registrados como “furto qualificado em estabelecimento comercial”. No entanto, não há um esquema específico de segurança a estabelecimentos comerciais. O que há são Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP), com ronda policial em determinados bairros de Salvador e que “se o policial que estiver na ronda visualizar a situação, ele deve fazer o atendimento e registrar a ocorrência”.


Fotos: Subúrbio News

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