Polícia
Publicado em 31/01/2013, às 10h21 Tony Silva (Twitter: @bocaonews)
Durante entrevista coletiva concedida no auditório do Polícia Federal no Comércio, em Salvador, os responsáveis pela operação deram detalhes da situação.
O superintendente da Polícia Federal na Bahia, César Augusto Toselli, Vladimir Aras, procurador da república e Ministério Público Federal, Marcelo Werner, titular Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado (DRCOR) e o delegado da Polícia Federal soteropolitana, Fernando Berbert, que coordena a operação, informaram que chegaram ao casal, inicialmente, através de uma denúncia anônima no disque denúncia da delegacia das mulheres e logo foi encaminhada a Polícia Federal. “A mãe denunciou que a filha havia sido aliciada e estava sendo vítima de exploração sexual na Espanha. A partir daí, o caso veio para a Polícia Federal e também para polícia espanhola. Foram feitas diligências na Espanha e lá foi feito contato com a menina que estava sendo explorada, apontada pela mãe na denúncia e levantamos os nomes do casal, Neguinha e China. Em seguida fizemos diligências em campo e pesquisas na internet e chegamos ao casal”, explica o delegado Fernando Berbert.
O Aliciamento
Meninas do bairro de Paripe eram aliciadas com “verdadeiros contos de fadas”, afirma o delegado. “Eles vendiam uma história para as meninas do bairro de Paripe, de que a prima de ‘China’ havia se casado com um espanhol que era proprietário de uma casa de shows na cidade de Salamanca na Espanha e o estabelecimento estava precisando de dançarinas brasileiras para se apresentar com danças típicas do Brasil e a remuneração seria de €100 Euros por noite. Tal informação difundida para jovens de baixa renda e com poucas oportunidades é um verdadeiro conto de fadas”, afirma Berbert.
O superintendente declarou que nos estabelecimentos fechados pela polícia espanhola foram encontradas, além das meninas de Salvador, outras meninas de outros países e estados brasileiros na mesma situação. Algumas meninas já sabiam de que iriam se prostituir, mas muitas estavam iludidas. Um dos principais locais escolhidos pelos aliciadores eram as academias de ginástica do bairro. Elas recebiam uma proposta de trabalho onde passariam apenas três meses e voltariam em condições de montar um negócio próprio. Mas, a grande armadilha era que, além do valor da dívida estar quadriplicado, elas eram tratadas como objeto. "A dívida se transformava em €4 mil euros - dos €100 euros recebidos por noite elas ficavam apenas com €40, o restante era apreendido pelo grupo para pagar alguns custos alegados por eles, como: hospedagem, alimentação e outras despesas. Havia um rodízio entre as casas de prostituição na Espanha, exatamente para não criarem vínculo entre os clientes ou qualquer tipo de pessoa da localidade. Elas eram vigiadas e as ligações para família eram limitadas e sempre com alguém por perto". explicou.
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