Polícia

Justiça espanhola libera corpo de baiano morto a facadas, diz mãe

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Jovem foi morto no dia 5 de dezembro, no balneário espanhol de Blanes  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 12/01/2014, às 07h14   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O corpo do baiano Odycleidson Moraes do Nascimento, 22 anos, assassinado no balneário espanhol de Blanes, em Girona, no dia 5 de dezembro, foi liberado pela justiça local. A informação é da mãe vítima, Maria Cristina Moraes, que está no município espanhol desde o dia 10 de dezembro. A informação é do G1.



De acordo com Maria Cristina, a liberação do corpo foi anunciada ainda na sexta-feira (10), pouco mais de um mês após a data do crime. A notícia tão esperada pela família, entretanto, é acompanhada de certa frustração. A mãe de Kekeo, como era conhecido o jovem assassinado, afirma que ainda não conseguiu juntar o dinheiro necessário para pagar o traslado do filho.

Com a negação do Itamaraty em oferecer o transporte do corpo para o Brasil, por motivações legais e orçamentárias, dona Maria Cristina tem utilizado as redes sociais para pedir ajuda de familiares e amigos."O corpo do meu filho foi liberado, mas eu não tenho recurso para levá-lo. Até agora foi arrecadado muito pouco dinheiro e eu estou precisando muito de ajuda", desabafa.


Depois de todo esforço para conseguir a liberação, a mãe do jovem lamenta ter precisado solicitar a extensão do prazo para retirada do corpo. "Me disseram que podem esperar entre 8 e 10 dias, só que eu não sei se vou conseguir até lá. Depois disso, o corpo dele terá que ser transferido para uma funerária. Existe um custo para isso e eu não tenho como pagar", admite.


Desde quando chegou à Espanha, dona Maria Cristina ainda não viu o corpo do filho. Ela conta que esteve com a juíza responsável pelo caso um dia antes da liberação (quinta-feira, 9), mas que só foi informada da decisão judicial na sexta. Por isso, ela ainda não teve oportunidade de ir ao local onde corpo é mantido, na Polícia Técnica. 



"Minha volta só ocorre quando eu puder levar o corpo do meu filho, porque foi para isso que eu vim e aguentei esse dias de angústia . Espero em Deus que eu leve o corpo dele",  fala emocionada.  Enquanto isso, Maria Cristina está na casa de alguns amigos do filho assassinado.

Crime

Há quatro anos na Espanha, Odycleidson Moraes do Nascimento, conhecido como Kekeo, foi assassinado na casa em que morava, que pertence a um padre espanhol que o levou ao país. A mãe disse que ela e o filho foram enganados pelo padre, que conheceram em Salvador, e disse ter mulher e enteadas brasileiras.


O padre teria oferecido emprego ao jovem na Espanha e prometido que isso lhe daria um visto permanente em cerca de um ano: depois ele poderia voltar para o Brasil e trabalhar na Espanha no verão, quando é alta temporada. O brasileiro, no entanto, estava ilegal no país desde que chegou e tentava conseguir o visto por meio de um advogado.


“Na casa desse homem ele arrumava, limpava as coisas, descia para comprar comida para esse vagabundo. Ele fazia trabalho escravo, por uma dormida e por uma comida”, afirmou, se referindo ao padre Jaume Reixach. Ela diz que o filho trabalhava em um pizzaria para ter dinheiro.

Publicada no dia 11 de janeiro de 2014, às 13h53

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