Vereador alerta para isenção de taxa e possibilidade de Bell ‘furar fila’
Comissão do Carnaval discutiu os temas nesta segunda-feira |
Publicado em 17/11/2014, às 17h06 Emerson Nunes (Twitter: @emenunes)
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O vereador Arnando Lessa (PT), membro da Comissão Especial do Carnaval de Salvador criticou o tema discutido nesta segunda-feira (17), durante reunião realizada, no Centro de Cultura da Câmara. Lessa disse ter ficado “preocupado” com a possibilidade de garantir isenção de impostos para as entidades carnavalescas, além de prováveis alterações na ordem da fila dos blocos.
“Isso para mim é gato escondido com o rabo de fora. A Central do Carnaval e a Associação Brasileira de Entretenimento participaram do encontro. Isso indica que quem sempre lucrou com o Carnaval agora quer deixar de pagar os impostos. Uma coisa é você discutir isenção para entidades sem fins lucrativos e até mesmo os blocos afros e afoxés, agora você usar esse artificio de entidades pra isentar camarotes não pode. Você vai beneficiar uma minoria que sempre ganhou muito dinheiro com o Carnaval. Sou terminantemente contra”, desabafou o petista em entrevista ao Bocão News. “Essa é uma discussão de interesses de grandes entidades que querem misturar as coisas. Quem sempre ganhou dinheiro no Carnaval não pode ganhar isenção”, completou.
Outro tema polêmico criticado por Lessa foi a mudança na ordem das filas dos blocos que desfilam nos principais circuitos da capital. Segundo o petista, “existe uma manobra para tentar incluir o bloco ‘Vumbora’, do cantor Bell Marques, que desfilava na terça-feira a noite, em um horário privilegiado no circuito Barra-Ondina. O respeito sobre a ordem do desfile deve ser mantido. Me coloco contra, não contra Bell, mas ele tem que respeitar a ordem do desfile. É injusto que esse bloco desfile em horário diferenciado, é um bloco novo e Bell é um cidadão e precisa respeitar as regras impostas pelo município”, declarou.
O posicionamento de Lessa reverberou no vereador Duda Sanches (PSD) que disse ser contra deixar bloco de Bell furar a fila no desfile. “A fila não é ainda democrática como deveria ser. Hoje a gente sabe que a organização desse desfile dos blocos ainda é uma caixa preta que precisa ser democratizada. Não pode chegar uma pessoa com um bloco novo e se colocar na frente da fila. O vereador Lessa foi muito feliz na sua colocação”, explicou.
Já em relação à isenção de taxas, Sanches pensa diferente do petista. Segundo ele, “o carnaval de Salvador não está nos seus melhores dias” e precisa de ajuda. O vereador defende a extinção das taxas cobradas pelo município para realização da festa momesca. “Essas taxas só fazem crescer, em algum momento a gente precisa rever essas taxas. O carnaval de Salvador ao invés de ser taxado, precisa ser ajudado. Os blocos, os camarotes estão pedindo socorro. O que a gente quer é democratizar. A isenção não é para os grandes blocos, é para todos. Os blocos e camarotes trazem muitos turistas e produzem muitos empregos. Eles lucram bastante, é bem verdade, mas não podemos escolher quem vai receber ajuda e quem não vai”, concluiu.
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