Política

Os 2,6 mil funcionários da Ebal não têm futuro definido em reforma

Publicado em 03/12/2014, às 05h46   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)


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A Empresa Baiana de Alimentos, a Ebal, passará a será administrada no modelo de parceria público privado a partir de 2015, conforme anúncio da reforma administrativa do governador eleito Rui Costa. Atualmente, a empresa possui 2,6 mil funcionários e o futuro deles ainda não está definido no projeto de Rui. Para o deputado Marcelo Nilo, presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, “esses funcionários não podem e não devem ser demitidos imediatamente”.

Para o parlamentar, a não extinção da Ebal foi uma medida feliz tomada pelo governador eleito. Mas faz ressalvas quanto à mão de obra empregada. “A gente desempregar 2,6 mil pessoas do dia para a noite seria uma coisa muito ruim para a Bahia. Ele vai fazer uma parceria público privada com a Ebal, para que seja passada aos poucos para a iniciativa privada. Esperamos que os empregados também sejam integrados aos poucos e outros também vão sair por conta de aposentadoria”, afirmou.

Assim como o deputado Carlos Gaban (DEM), Nilo também afirma que a Ebal não atende mais ao objetivo inicial. “Na verdade, a Ebal não está mais regulando o mercado, como antigamente. Hoje muitos preços estão acima do praticado no mercado e acho que Rui foi feliz por colocar a Ebal aos poucos para a iniciativa privada, para que as pessoas não percam seus empregos”, completou.

Embora considere positiva a decisão de Rui, o que acontecerá exatamente com os trabalhadores não está claro também para Nilo. “O modelo ainda não está definido, a Alba vai votar para que a Ebal seja passado aos poucos e Rui deve tratar disso depois”, afirmou o presidente do Legislativo ao Bocão News, quando também apontou que o projeto de reforma proposto deve passar pela Casa com facilidade pelo fato de o governo ter maioria: “46 deputados”.

Na avaliação do parlamentar líder da oposição na Alba, Elmar Nascimento (DEM), a “privatização da Ebal” mostra o “estelionato eleitoral que o PT vem fazendo”. “O PT está se especializando nisso. Faz tudo aquilo que disse que não ia fazer durante a campanha. Sempre foi contra a privatização e agora faz isso com a Ebal. É preocupante que isso seja anunciado sem antes ter consultado a população nem discutido no período de campanha eleitoral”, argumentou o democrata.

Quanto à reforma proposta pelo petista, Elmar diz que considerou “muito tímida”. “Os cargos que foram cortados são menos do que foi criado nos oito anos do governo Wagner. A reforma foi muito aquém do esperado. Me parece mais jogada de marketing, não mostra onde e como vai reduzir esses R$ 200 milhões”, provoca. 

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Publicada no dia 2 de dezembro de 2014, às 09h53

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