Os vereadores Gilmar Santiago e Marta Rodrigues, ambos do PT, acompanham com bastante atenção as movimentações de funcionários da prefeitura de Salvador que ameaçam
entrar em greve.
Os servidores da Secretaria de Serviços Públicos (Sesp) e da Transalvador querem ser incluídos no projeto do executivo que aumenta de 30 para 40 horas semanais a carga horária de Agentes de Suporte Operacional e Administrativo lotados na Fundação Cidade Mãe, Superintendência de Conservação e Obras Públicas do Salvador (Sucop) e Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom).
“O pedido é legítimo e, segundo o sindicato, o acréscimo vai gerar uma despesa de pouco mais de R$ 90 mil por mês aos cofres do município. A prefeitura diz que, caso o faça, vai ultrapassar a Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas, o argumento não é convincente, já que com as reformas tributárias de 2009 e 2010, a cidade passou a arrecadar mais R$ 380 milhões por ano”, observa Santiago.
O aumento na jornada vai gerar acréscimo de aproximadamente 17% nos vencimentos dos trabalhadores.
A matéria está em tramitação na Câmara Municipal e deve ser votada no mesmo dia do Parque Tecnológico, pelo menos é o que estava
acordado entre os líderes de governo e oposição.
Entretanto, em conversa com o
Bocão News, a vereadora Marta Rodrigues fez uma consideração importante que pode impedir a apreciação da matéria ainda nesta semana. “O projeto não pode ser alterado por emendas de parlamentares, uma vez que gera despesa para a prefeitura. Cabe à Casa Civil enviar um substitutivo. Aí sim o texto pode ir a plenário sem gerar insegurança jurídica”, destacou a petista.
Tanto Marta quanto Gilmar garantiram que o sindicato dos servidores está realmente dispostos a utilizar todas as ferramentas possíveis para pressionar a administração João Henrique.
Fotos: Edson Ruiz/Bocão News
