Membros da CPI, Imbassahy e Félix receberam doações de empreiteiras investigadas

Dos três vice-presidentes eleitos para a Comissão Mista de Inquérito (CPI) da Petrobras, dois são baianos. A 1ª vice-presidência ficou com o deputado Antônio Imbassahy (PSDB), que substitui o presidente do colegiado, deputado Hugo Motta (PSDB-PB), caso ele se ausente, e a 2ª vice-presidência ficou com o deputado Félix Mendonça Jr. (PDT).

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O problema é que Imbassahy e Félix Mendonça receberam doações de construtora durante a campanha do ano passado e a CPI da Petrobras investiga justamente as mesmas empreiteiras doadoras, acusadas de participarem de esquemas de corrupção na estatal.

Imbassahy, eleito com 120,4 mil votos, recebeu R$ 76,8 mil da UTC e R$ 250 mil da OAS, valores correspondentes a 11% de toda a sua arrecadação de campanha. Já Félix Mendonça, eleito com 130,5 mil votos, recebeu R$ 9,5 mil da OAS, R$ 9,6 mil da Odebrecht e R$ 2,8 mil reais da UTC, valores repassados pela campanha do então candidato e atual governador Rui Costa (PT). A soma dos valores equivale a 1,8% de tudo que o pedetista arrecadou em sua campanha.

Tanto Imbassahy como Félix já se manifestaram através da imprensa e afirmaram que as doações foram consideradas legais e aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na semana passada, o PSOL chegou a pedir a saída de parlamentares que receberam doações de empresas investigadas na Operação Lava Jato, por falta de isenção para participar das investigações. O Solidariedade, DEM, PSDB e PMDB questionaram o pedido, que foi indeferido.

“Não há como negar que o fato de ter recebido financiamento de determinada pessoa jurídica para a sua campanha eleitoral e consequente conquista do mandato eletivo é causa de impedimento para que o parlamentar delibere qualquer matéria que trate diretamente sobre tal empresa”, diz um trecho do pedido feito pelo Psol.

*Matéria originalmente publicada às 17h48 de sexta-feira (6)