"Não conheço Fernando Soares", diz Gabrielli após videoconferência

Após 25 minutos reunido com o juiz da Operação Lava Jato, Sergio Moro, através de uma videoconferência realizada no fórum da Justiça Federal na Bahia, o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabriei (PT) fez questão de frisar que é "testemunha e não réu".

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O ex-dirigente da estatal foi arrolado como testemunha pelas defesas do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Cerveró e Soares, que estão presos na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba, são suspeitos de receber US$ 40 milhões de propina em 2006 e 2007 para intermediar a contratação de navios-sonda pela Petrobras, para a perfuração de águas profundas na África e no México.

"Fiz esclarecimentos da contratação das duas sondas. Mostrei as características técnicas, informei que os procedimentos passaram por todas as diretorias da Petrobras e afirmei que não conhecia o senhor Fernando Soares", disse o ex-dirigente, ao deixar a sala da 2ª Vara Criminal do Fórum Teixeira de Freitas, no bairro de Sussuara, em Salvador.

Gabrielli ainda frisou que não é réu nesta ação que investiga corrupção na empresa que dirigiu. "Sou testemunha, da mesma maneira que o deputado Jutahy Magalhães Jr. é testemunha. Pelo Código Penal Brasileiro, testemunha não pode recusar a depor. Testemunha é testemunha. Não sou réu. Não sou acusado de nada", disse Gabrielli, que está com os bens bloqueados pela Justiça.

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