Política

Rompimento do PDT com PT pode obrigar pedetistas baianos a mudar de partido

Publicado em 11/05/2015, às 10h12   David Mendes @__davidmendes


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Lupi desembarca em Salvador na próxima segunda (18) para decidir rumos na Bahia

Os 19 deputados federais do PDT, entre eles o parlamentar baiano Félix Mendonça Jr., votaram contra o ajuste fiscal do governo (MP665), o que teria causado à ira do governo petista.

O descontentamento da presidente Dilma Rousseff (PT) com os aliados poderá ter consequências e gerar mudança no Ministério do Trabalho, atualmente comandado pelo PDT. A retaliação pode gerar um efeito cascata nos cargos indicados pelo partido nos estados. "Existe uma tendência forte de deixar [a base de Dilma]. Se fosse apostar, apostaria nisso”, disse Mendonça Jr., em entrevista ao Bocão News

A Superintendência Regional do Trabalho na Bahia (SRTE) começou nesta segunda-feira (11) a ser chefiada pelo ex-deputado Severiano Alves (PDT). Indicado pelo ministro do Trabalho Manoel Dias (PDT), Alves também pode já estar com os dias contados no órgão. 

Na Bahia, apesar de Félix Mendonça Jr., presidente estadual do PDT, já estar rompido com o governo Rui Costa (PT), os pedetistas baianos comandam uma Secretaria de Estado – Seagri –, empresas públicas e diversos cargos nos segundo e terceiro escalões da gestão petista no estado. Na Assembleia Legislativa (Alba), o partido tem a representação de três deputados - Euclides Fernandes, Roberto Carlos e Marcelo Nilo, que é presidente da Casa. O quarto, Paulo Câmera, deixou o mandato para assumir a Secretaria de Agricultura. 

A Executiva Nacional do PDT se reúne na próxima quarta-feira (13), em Brasília, para decidir se permanece na base do governo Dilma. Na sexta (15) será a vez do presidente Carlos Lupi se reunir no Rio de Janeiro com os dirigentes do partido nos estados para anunciar a decisão. Na segunda-feira, o presidente nacional da legenda desembarca em Salvador, onde se reúne com a Executiva nacional.

Internamente, o PDT baiano trava uma guerra pelo seu comando. Marcelo Nilo disputa com Félix Mendonça Jr. o controle da sigla. Entretanto, caso seja oficializado o rompimento com o governo Dilma, Nilo deve perder força, já que suas intenções à frente do partido é manter a legenda aliada ao PT e ao governador Rui Costa. Já Mendonça Jr. já levou a legenda para o colo do líder oposicionista no estado, o prefeito ACM Neto (DEM), que deve disputar a reeleição no ano que vem.

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