Política

CPI da Violência contra Jovens Negros e Pobres ouve pai do menino Joel

Publicado em 12/05/2015, às 06h16   Cíntia Kelly (Twitter: @cintiakelly_)


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Presidida pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), a CPI da Violência contra Jovens Negros e Pobres ouviu na manhã desta segunda-feira (11), na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o pai do menino Joel, o capoerista Joel Castro, morto no Nordeste de Amaralina, numa suposta troca de crime entre bandidos e policia. 
O tiro que alvejou Joel partiu da arma de um policial. Não há um consenso, mas assim como Valdemar Oliveira, coordenador do Cedeca, o presidente da CPI também concorda que os agentes públicos têm grande responsabilidade na morte de jovens negras.
Os números trazidos pela CPI são estarrecedores. De cada quatro homicídios, três são de negros. Oitenta por cento das mortes são de jovens negros.
Se esses números já assustam, outros trazem uma sensação de impunidade e de ausência total do Estado. Apenas 8% dos assassinatos são transformados em inquérito. Desse total, apenas 3% dos assassinos são condenados.
A CPI foi instalada em março e vai percorrer mais dois estados. Além da Bahia, os deputados já ouviram depoimentos no Rio de Janeiro. Ainda vão em São Paulo e Alagoas.
Os depoimentos no Rio e da Bahia são semelhantes, segundo o deputado Reginaldo Lopes. Aqui, o caso de Geovane, sequestrado, morto e esquartejado foi relatado por Valdemar Oliveira. Ele culpou policiais da Rondesp pelo crime. Pede que eles sejam expulsos, julgados e condenados.
Publicada no dia 11 de maio de 2015, às 12h

Classificação Indicativa: Livre

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