Política

Dono de UTC entrega 'parente de ministro do TCU' e Roseana Sarney

Publicado em 15/05/2015, às 10h56   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


FacebookTwitterWhatsApp

O dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, acusado de coordenar o “clube de empreiteiras” que fraudou licitações dividiu contratos e pagou suborno a autoridades do governo e do congresso, também manteve negócios escusos com um parente de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Esse negócio foi revelado por Pessoa em seu depoimento sob delação premiada ao Ministério Público Federal, segundo revela o jornal O Globo deste sexta-feira.

Pessoa também delatou uma autoridade militar com atuação no setor elétrico, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB), segundo fontes com acesso às investigações que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF).

O empresário assinou o acordo de delação e se comprometeu a detalhar o envolvimento de suspeitos em esquemas de propina na Petrobras e em outras empresas públicas, assim como devolver R$ 55 milhões aos cofres públicos.
No caso do parente do ministro do TCU, a suspeita é de tráfico de influência por parte do dono da UTC. Todo o acordo com a PGR tramita sob sigilo e, por isso, não há informação sobre todos os detalhes citados pelo delator e sobre as circunstâncias do suposto envolvimento das pessoas mencionadas nos esquemas investigados. A partir da assinatura do acordo de delação, que precisa se
r homologada pelo STF, Pessoa começa a detalhar a participação dos envolvidos citados nas conversas que antecederam a formalização do acordo.

Roseana é investigada em inquérito no STF por suspeita de crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Vaccari, preso em Curitiba, é alvo de investigações na primeira instância e de um inquérito no STF que apura suspeitas de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. São os mesmos crimes apurados em inquérito aberto para investigar Lobão.

O dono da UTC, depois de ficar seis meses preso em Curitiba, está em prisão domiciliar desde 28 de abril. Acusado de chefiar o esquema de cartel que fatiou contratos da Petrobras, ele usa uma tornozeleira eletrônica e só pode deixar São Paulo com autorização judicial. A discussão sobre a delação foi feita ontem com a presença de Pessoa na sede da PGR, em Brasília, e contou com a participação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp