Na sessão desta quarta-feira (27), os vereadores da capital baiana não votaram os
85 projetos que foram prometidos no início da semana. Mas, deram um passo importante para o enxugamento da pauta da Casa.
Além do
Parque Tecnológico, eles também aprovaram o projeto do Executivo que aumentou de 30 para 40 horas semanais a
jornada de trabalho de agentes de suporte operacional e administrativo lotados na Sucop, Sucom, Fundação Cidade Mãe e outras autarquias da administração.
A tarefa exigiu um esforço hercúleo da base de sustentação do governo porque funcionários da Secretaria de Serviços Públicos (Sesp) pediam a inclusão da categoria no texto. A proposta tinha o apoio de parte da oposição. “Nada mais justo. São servidores que prestam importantes serviços à cidade”, defendeu Aladilce Souza (PCdoB).
Sintonia - Uma emenda, assinada pelo vereador Alcindo da Anunciação (PSL), chegou a ser apresentada à Mesa Diretora. Mas, foi descartada pelas comissões de Constituição e Justiça e Finanças sob o argumento de que só a prefeitura poderia alterar o projeto, já que, segundo lei federal, nenhum parlamentar pode sugerir modificações que gerem despesas para municípios, estados e União.
De acordo com informações do líder do governo na Casa, Téo Senna (PTC), a inclusão dos agentes da Sesp acarretaria uma despesa anual de 1,8 milhão aos cofres de Salvador. “Seria uma irresponsabilidade, até porque a prefeitura iria ultrapassar o limite que a Constituição determina para gastos com pessoal”.
O comandante da oposição, Henrique Carballal (PT), reproduziu o célebre gesto de Pôncio Pilatos e “lavou as mãos”. “A luta é legítima. Agora, não podemos prejudicar uns trabalhadores em função de outros. O pessoal da Sesp tem o nosso apoio, mas tem que reclamar lá com o prefeito João Henrique e a Casa Civil. Não depende de nós”.
Fotos: Roberto Viana/Bocão News