O prefeito João Henrique (PP) negou na tarde desta quinta-feira (28) as notícias de que o secretário da Saúde, Gilberto José (PDT), teria pedido para deixar a administração municipal e retornar à Câmara de Vereadores, de onde está licenciado. Em nota, desmetiu categoricamente as especulações veiculadas pela imprensa e disse estar "bastante surpreso" com a informação.
Pela manhã, foram disparados informes de que o secretário de Saúde entregou o cargo , mas a demissão teria encontrado resistência por parte do prefeito. Na manhã, os dois estiveram reunidos no Palácio Thomé de Souza e, segundo a assessoria do prefeito, o encontro foi apenas para despachos administrativos.
Contudo, segundo fontes ligadas ao Palácio Thomé de Souza, a reunião seria uma tentativa de demover o pedetista da ideia de abandonar o cargo, assumido em janeiro deste ano, em meio à polêmica reforma administrativa iniciada por João Henrique, que menos de 48 horas depois produziu a primeira baixa: a renúncia do vereador Alfredo Mangueira (PMDB) da chefia da Casa Civil, para o qual foi designado o deputado federal João Leão (PP). O episódio lançou luz sobre a crise política e administrativa vivida por João Henrique.
Ainda segundo as fontes, por trás da renúncia estaria a insatisfação de Gilberto José com o trabalho no Executivo. Um interlocutor do prefeito garantiu que ele não se adaptou ao cargo e preferia retornar à Câmara Municipal. Caso a saída do secretário da Saúde fosse confirmada, o suplente de Gilberto José, o vereador Cristovão Ferreira Filho (PDT), o Cristovinho, retornaria à suplência da Casa.
A Secretaria de Saúde é mais uma das pastas com alta rotatividade nas duas administrações de João Henrique. Por lá passaram, Luiz Eugênio Portela, Carlos Alberto Trindade, José Carlos Britto e Jose Saturnino Rodrigues, que ficou apenas dois meses e foi substituído pelo pedetista, que é medico e vereador da capital.
