Política

Solla diz que se colocará contra equívocos que tragam risco a evolução do SUS

Publicado em 24/07/2015, às 12h07   David Mendes (Twitter: @__davidmendes)


FacebookTwitterWhatsApp

Em viagem familiar pelo Uruguai durante o recesso parlamentar na Câmara, o deputado federal Jorge Solla (PT) tomou conhecimento das críticas feitas pelo secretário estadual da Saúde, Fábio Villas-Boas, que acusa o seu antecessor na pasta de orquestrar com servidores da Sesab, em greve há 7 dias, para tentar derrubá-lo do cargo.

“Assim como nas outras oportunidades em que sua gestão foi confrontada com críticas, o secretário mais uma vez se utiliza da recorrente estratégia de tentar encontrar em mim um virtual adversário e assim simular uma falsa polarização. A tática se esgota na medida em que é usada à exaustão e perde verossimilhança”, rebateu Solla, em nota enviada ao Bocão News.

O parlamentar petista chamou de “manobra” as críticas de Villas-Boas, que afirmou ter "cansado" e que iria "combater essa estratégia agressiva" que estaria sendo patrocinada pelo petista. Solla avaliou que a postura do seu sucessor seria "prejudicial para o avanço das negociações com os grevistas "porque não teriam base na realidade". “Ao tentar impingir à pauta dos trabalhadores uma face de politização e revanchismo, o secretário tenta retirar a legitimidade do sindicato. Não é colocando em dúvida o lugar de fala do interlocutor que se inicia o diálogo para um acordo”, criticou.

Solla argumentou que não é só sua atribuição, como deputado e ex-secretário do setor, mas obrigação de lutar por políticas que considera importantes para a saúde pública no estado. "Me posicionei contrário às extinções das Dires [Diretoria Regional de Saúde], das farmácias populares, do Programa Saúde em Movimento e do Rastreamento de Câncer de Mama, bem como contra o desabastecimento da rede própria sobre gestão direta, e o rompimento dos acordos de cogestão pública com a Ufba em relação ao Hospital Ana Nery", destacou, ao repudiar "com toda a veemência a ilação de que de mim partiram conspirações ocultas contra uma gestão que ajudei a eleger". "Mais que isso, que carrega a marca do PT, partido que ajudei a fundar e construir há mais de 35 anos".

Para o ex-chefe da Sesab, ele sempre se colocará contra “eventuais equívocos que coloquem em risco a evolução do SUS”. “Manifestei no dia 16 [de julho], no Plenário da Câmara, meu apelo a servidores e ao governador Rui Costa para que as negociações caminhassem para um acordo célere. Em nenhum momento, incitei a greve. Ao contrário, fiz todos os esforços no sentido de que ela fosse evitada (..)Reitero aqui, todavia, minha solidariedade com os servidores e clamo mais uma vez para que um acordo”.

Notícia relacionada:

"Cansei e vou combater essa estratégia agressiva", dispara Villas-Boas

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp