Política

Após receber R$ 3,1 milhões em reforma, terminal de Madre de Deus é privatizado

Publicado em 28/09/2015, às 10h13   David Mendes (Twitter: @__davidmendes)


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Passageiros terão que desembolsar R$ 0,60 para poder chegar aos barcos

Com uma arrecadação que deve chegar este ano a R$ 160 milhões e com uma população de apenas 20,3 mil habitantes, abrigada em uma área territorial de apenas 32 km², a prefeitura de Madre de Deus, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), resolveu entregar a administração do pequeno terminal marítimo da cidade à empresa Sinart. A partir da próxima quinta-feira (1º), quem pretende utilizar as embarcações que realizam a travessia até às ilhás do arquepélogo terá que desembolsar, além da passagem cobrada pelos barqueiros, mais R$ 0,60 para poder embarcar via terminal. Além disso, os donos de barcos também terão que pagar R$ 1 para cada atracação no píer.

Em setembro de 2013, a prefeitura municipal praticamente reconstruiu o equipamento e gastou cerca de R$ 3,1 milhões dos cofres públicos. Conforme edital, publicado em julho deste ano, a Sinart ganhou a concessão, em caráter de exclusividade, para a administração, operação e exploração comercial de áreas e serviços.

Em nota, a prefeitura diz que o objetivo é “melhor atender a comunidade”. “Trata-se de uma concessão para execução do serviço, na forma autorizada e regulamentada pelo Poder Executivo, não acarretando transformação do serviço público em privado. É dessa forma que a maioria dos terminais marítimos do país funciona, inclusive os dois terminais da capital baiana. Funcionários a serviço da prefeitura municipal de Madre de Deus, além de estudantes do município, serão isentos de cobrança das taxas”, informou.

Mas, conforme informações do site "Madre Sem Média", os donos de embarcação não estão satisfeitos com a nova taxa que terá que desembolsar todos os dias. Já entre a população, o assunto divide opiniões, mas a maioria, segundo o portal, considera abusiva e desnecessária a cobrança da taxa para embarcar pelo terminal. Antônio Mário, 69, da associação de barqueiros de Bom Jesus, disse que “não é um bom momento para cobrar tarifa".

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