Política

Temer chama aliados de "estadistas"

Publicado em 08/10/2010, às 20h25   Ivana Braga


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Para o candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer, presidente nacional do PMDB, a questão religiosa está sendo explorada nessas eleições.  No entendimento de Temer, estão confundindo a fé com a política e o estado, o que não é bom. As declarações foram feita nesta sexta-feira (8), durante evento realizado no hotel Fiesta, no Itaigara, pelo PMDB e PR, com o objetivo de reafirmar publicamente o apoio a Dilma e Temer no segundo turno e pedir o empenho da militância para levar a chapa à vitória.

O evento contou com a participação de prefeitos e militantes das duas legendas, além dos candidatos derrotados Geddel Vieira Lima (PMDB), que disputou o governo do Estado, e o senador César Borges, que concorreu à reeleição pelo PR. Ambos apoiaram a chapa petista, mas foram “rejeitados” pelo presidente Lula e Dilma. Mesmo assim, decidiram manter apoio à petista neste segundo turno das eleições.

Geddel convocou os aliados a unirem forças em para levar Dilma à vitória, repetindo o discurso que tem feito de que ela é o melhor projeto para o país. O deputado federal reafirmou sua disposição em trabalhar para eleger a petista, ressaltando que a sua “mágoa foi por aqueles que acreditaram e levantaram a bandeira na crença de um projeto melhor para a Bahia” e que “quer continuar merecendo a confianças de vocês, para que o PMDB baiano ganhe força no futuro, que não está muito longe”, numa clara referência às eleições de 2014.

Borges também reafirmou seu apoio a Dilma. Num recado com endereço certo (o governador Jaques Wagner), o republicano disse não estar arrependido de ter marchado ao lado de Geddel, mesmo tendo perdido a sua cadeira no Senado. “Eu abracei, conscientemente, e continuo abraçando o projeto que, em minha opinião, é o melhor para a Bahia. Não fui oportunista a ponto de colocar a busca de um mandato acima da minha convicção pessoal”, disse.

Geddel, por sua fez, não perdeu a oportunidade de cutucar a candidata petista, afirmando que Borges viu a reeleição fugir das suas mãos porque confiou na palavra de quem não honrou sua boa fé”, numa clara referência à “facada” que ambos receberam de Dilma e do próprio presidente Lula.

Apesar do episódio que deixou uma grande mágoa que o deputado não procura esconder, Geddel declarou apoio à petista neste segundo turno. A decisão de Geddel e Borges mereceu elogios do presidente do PMDB, Michel Temer, que classificou o apoio como “ato de estadistas”.

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