O mistério continua sobre a escolaridade de Tiririca, ou melhor, de Francisco Everardo Oliveira Silva, que está no meio de uma polêmica: afinal, ele sabe ou não ler e escrever?
Para tentar desvendar esse enigma, o Fantástico foi até Itapipoca, no Ceará, cidade natal do deputado eleito com 1,3 milhão de votos, e conversou com parentes e amigos do cearense. A longa reportagem sobre a situação em que vive o cantor foi veiculada neste domingo , 10.
Alguns depoimentos davam a entender que Tiririca não era alfabetizado, a exemplo da declaração dada pela professora Ana Isa Ávila de Braga, de 78 anos. Ela disse a reportagem, no entanto, não se lembrar nem ter registros que possam comprovar a presença dele nas aulas.
"Fui professora de 1948 até 1977, no Jenipapo, no Circo Operário. Eu só sei do Tiririca na televisão. Nunca conversei pessoalmente com ele. E eu conheço todos os meus alunos, como o José Dário, o filho do Sebastião Matias... Se ele tivesse sido meu aluno, eu recordava. Daqui deste bairro, só existia eu e depois a minha irmã, que também não lembra de ter dado aula para ele", afirmou.
“Eu sei que a gente estudava junto. Tinha uma professora que vinha para a casa da gente. Naquele tempo, não tinha negócio de colégio de estado, de prefeitura. Não existia isso, não”, conta a agricultora Maria Socorro Sombra.
A reportagem falou também com Francisco Anibas Cachicé, conhecido como Seu Francisco, uma espécie de padrinho do cearense.
Ao ser questionado se Tiririca sabia escrever alguma coisa mesmo, Seu Francisco respondeu: “ele sabe... sabe escrever”.
O de concreto que se tem até agora é que não há registro do aluno Francisco Everardo Oliveira Silva nas escolas de Itapipoca. E ele tem que correr contra o tempo, pois o prazo para apresentação da sua defesa termina no próximo dia 24.
Tiririca terá que escrever, na frente do juiz, uma declaração igual à do registro. Informações do G1.
