Política

Dilma quer aumentar limite de gastos

Publicado em 15/10/2010, às 21h35   Redação Bocão News


FacebookTwitterWhatsApp

Enquanto a campanha do candidato à presidência da República José Serra (PSDB) fechou o primeiro turno com déficit de R$ 20 milhões, a de Dilma Rousseff (PT) alterou sua previsão de gastos, ingressando, nesta sexta-feira (15), com pedido para que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorize a ampliação de gastos gerais para R$ 191 milhões.

Na prática, a campanha petista quer dobrar a expectativa de gastos neste segundo turno. Sob a alegação de que o cenário de redução da vantagem que tinha sobre o seu adversário José Serra, houve a necessidade de alteração da previsão.

No primeiro turno a campanha de Dilma apresentou ao TSE limite de gasto de R$ 47 milhões, dobrando a expectativa de desembolso no segundo turno de R$ 47 milhões para R$ 94 milhões. A coligação encabeçada pelo PT
Filippi Jr., tesoureiro da campanha petista, disse que o principal motivo para o aumento do teto foi o aporte de dinheiro para os estados, principalmente, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Ele explica que, como nos estados a disputa eleitoral foi decidida no primeiro turno, a coordenação de campanha de Dilma terá que assumir sozinha os gastos referentes ao segundo turno. No começo da campanha, o PT montou uma planilha com expectativa de gastar R$ 110 milhões no primeiro turno e os R$ 47 milhões restantes em um eventual segundo turno.

O tesoureiro da campanha, José de Filippi Jr., afirmou que as despesas na primeira fase da disputa ficaram em cerca de R$ 97 milhões. Ou seja, com o novo teto, há espaço para gasto de R$ 94 milhões neste segundo turno.

No pedido ao TSE, a coligação reserva R$ 15 milhões (já incluídos nos R$ 191 milhões de teto) para gastos do PMDB, partido que integra a vice na chapa de Dilma.

Filippi disse que a campanha de Dilma arrecadou R$ 102 milhões no primeiro turno e gastou R$ 97 milhões, ficando com um caixa provisório de R$ 5 milhões, que já teria crescido para pouco mais de R$ 10 milhões.

Tucanos com déficit - Por sua vez, a campanha de Serra estabeleceu como teto de gastos, no início da campanha, o valor de R$ 180 milhões. Não houve até agora pedido para elevação desse limite, embora a campanha tucana tenha fechado o primeiro turno com déficit de R$ 20 milhões.

Apesar disso, integrantes da coordenação de campanha do tucano estão otimistas quanto ao equilíbrio desse déficit até o dia 20, quando vencem as primeiras parcelas de pagamentos com fornecedores. Acreditam que o bom desempenho de Serra e de seus aliados eleitos no primeiro turno, melhoraram a arrecadação nesta reta final da eleição.

A compreensão é que fica mais fácil a captação de recursos com empresários e bancos, a previsão é que o déficit será equilibrado até o dia 20, quando vencem as primeiras parcelas de pagamentos com fornecedores. Após sair do vermelho, o objetivo dos tucanos é obter mais R$ 50 milhões, o que, calculam, permitiria terminar a campanha com as contas zeradas.

A intenção dos tucanos é ampliar o grupo de financiadores em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. A coordenação da campanha reforçou diálogo com potenciais doadores. Os tucanos esperam também uma participação financeira do DEM.

O limite de gastos da campanha de Serra informado ao TSE foi de R$ 180 milhões. Em 6 de setembro, data em que os candidatos apresentaram a segunda prestação de contas à Justiça Eleitoral, Serra informou ter arrecadado R$ 29,7 milhões. Por sua vez Dilma Rousseff  informou ter levantado R$ 51,1 milhões.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp