Política

Lúcio nega ser inimigo do prefeito

Imagem Lúcio nega ser inimigo do prefeito
Para presidente do PMDB discordar da gestão não é ser oposição. Confira um trecho da entrevista em vídeo  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 20/10/2010, às 18h26   Luiz Fernando Lima e Ivana Braga


FacebookTwitterWhatsApp

O presidente do PMDB na Bahia, Lúcio Vieira Lima, deputado eleito com quase 220 mil votos acabou de negar ao apresentador Zé Eduardo, do programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, o rompimento do grupo do ex-ministro Geddel Vieira Lima com o prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro (PMDB). Lúcio lembrou que o PT não quis a filiação do prefeito e que foi o apoio do PMDB e do deputado federal que permitiu a reeleição de João Henrique.

O deputado eleito ressaltou que João Henrique tinha uma enorme rejeição, superior a 35%, e aparecia com percentual de intenção de votos mínimo -  7% -, o que apontava para falta de viabilidade da sua reeleição e ninguém apostava na empreitada. No entanto, ressaltou, o PMDB e Geddel acreditaram na possibilidade e não só abrigaram como apoiaram o projeto da reeleição. 

Lembrou que foi o próprio governador Jaques Wagner quem pediu ao então ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, para levar o prefeito para o PMDB e apoiar a sua administração, ajudando o gestor a resolver os problemas básicos do seu governo.

Conforme Lúcio Vieira Lima, a política do patrulhamento acabou na Bahia com a morte do ex-senador Antônio Carlos Magalhães (DEM), por isso as lideranças peemedebistas não criticam a postura do prefeito de posar em fotos com o governador. 

Lúcio Vieira Lima disse que continuará a fazer críticas à administração de João Henrique, o que não significa ser inimigo dele. "Discordar da gestão não é ser inimigo", frisou. Acrescentou, no entanto, que não votaria no prefeito caso lhe fosse permitida uma outra reeleição.

O presidente do PMDB confirmou que o caminho natural do deputado federal e ex-ministro Geddel Vieira Lima é disputar o governo baiano em 2014.

Com relação ao governo de Jaques Wagner, disse que pessoalmente não aposta no projeto do governador e lhe daria nota 2. Para ele, Wagner faz um governo medíocre, mas que o povo entendeu diferente e lhe conferiu nota acima da média. "O povo que decidiu e tem esse poder ao escolher com o voto", assinalou. "Por isso, não só parabenizo Wagner, como torço para que ele faça um bom governo", resumiu.

Sobre a campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT), Lúcio disse que está engajado na eleição da petista e que tem trabalhado para esse objetivo.  Segundo Lúcio, ele tem pedido aos aliados para esquecer as mágoas e arregaçar as mangas para eleger a candidata que tem como companheiro de chapa o presidente nacional do PMDB, o deputado Michel Temer. 

O problema da derrubada das barracas de Salvador foi tratado pelo presidente do PMDB como uma falta de empenho do prefeito na tentativa de reverter a decisão. Lúcio acredita que João Henrique não lutou o suficiente para defender os interesse dos diversos pais de família que ficaram sem o seu ganha pão.

Ele elogiou a atitude da prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT), que conseguiu adiar a retirada das barracas da orla de Ipitanga. "Houve ganho eleitoral, sim, mas a prefeita cumpriu o seu papel como administradora pública ao preservar os interesses da população".

Ao ser questionado sobre quem mais está preparado para governar o Brasil, Lúcio Vieira Lima não titubeou ao responder que Dilma, por ser a candidata de Lula e por seu projeto, é a melhor proposta.

O presidente do PMDB elogiou o deputado estadual eleito Alan Sanches (PMDB), presidente da Câmara Municipal de Salvador, que adiantou  a sua disposição de disputar a prefeitura nas eleições municipais de 2012. Lúcio disse que o peemedebista não informou esse desejo, mas se isso for verdade, só acrescenta porque é um bom quadro, um vereador que tem uma liderança reconhecida em Salvador.

Para finalizar a participação do presidente no Se Liga Bocão, Lúcio falou da competência do secretário Fábio Mota (PMDB), titular da Secretaria de Serviços Públicos (Sesp), ressaltando que ele (Mota) não é secretário do PMDB, mas sim da administração de João Henrique e que a sua manutenção no quadro municipal representa um ganho para a cidade, já que Mota é apontado como um dos melhores integrantes da equipe do prefeito. 

Confira um trecho da entrevista:




Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp