Política

Aleluia quer trocar “cinismo por otimismo”

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Governo Wagner foi “bombardeado” durante convenção do Democratas  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 20/08/2011, às 13h19   Daniel Pinto


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O Democratas segue com o processo de reformulação na Bahia. Neste sábado (20), durante convenção regional da legenda, uma nova executiva foi eleita. Com exceção do deputado estadual Wellington Passos Araújo (TOM), que assumiu a Secretaria-Geral, não há nenhuma novidade entre os integrantes. Mas, em conversa com o Bocão News, o presidente José Carlos Aleluia garantiu que a palavra de ordem é “renovação”. “São nomes conhecidos na executiva, mas o diretório estadual foi renovado em mais de 50%. É preciso mesclar juventude com experiência”.

Depois de revelar a “receita” para o sucesso do DEM, ele aproveitou para cutucar a administração Jaques Wagner. “O mais importante é que o partido permaneça unido. Queremos construir pontes e, não, passarelas. Vamos mostrar as pessoas que é possível ter esperança e confiar num governo sério e competente, diferente deste que aí está. Vamos trocar o cinismo pelo otimismo, a propaganda pelo trabalho”.

Diversos líderes de outros partidos marcaram presença no evento, com destaque para o presidente regional do PMDB, Lúcio Vieira Lima; o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB); os estaduais Bruno Reis (PRP), Sidelvan Nóbrega (PRB), Sandro Régis e Elmar Nascimento, ambos do PR; além dos vereadores Joceval Rodrigues (PPS), Héber Santana (PSC), Téo Senna (PTC) e Everaldo Bispo e Pedro Godinho, os dois últimos do PMDB.

Durante pronunciamento, Joceval - que é presidente municipal do PPS em Salvador - fez questão de ressaltar a relação com o Democratas na esfera nacional. “Estamos juntos e permaneceremos juntos para fazer uma verdadeira faxina na política. Diferente da que faz o governo federal. Como a presidente diz que fará limpeza se foi ela a responsável por levar toda a sujeira para lá?”, questionou.

Godinho, por sua vez, preferiu dizer que, além da união para enfrentar o governo Wagner, PMDB e DEM estão juntos por conta da “afinidade política” e porque “lutam por uma Bahia melhor para todos”.

Bruno Reis, no primeiro mandato na Assembleia Legislativa, arrancou aplausos da platéia quando criticou o projeto do Executivo que pretende limitar o número de consultas do Planserv.  “O governador de plantão queria tirar a estabilidade dos servidores e agora quer tirar a vida com essa excrescência que é a matéria sobre o plano de saúde. Ele, que sempre foi votado pelo funcionalismo, pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão. Espero que a gente possa compor uma aliança para 2012, mas que tenha reflexos positivos na eleição de 2014”.

Em seu discurso, o presidente do PMDB pediu desculpas aos presentes para defender o governo Dilma Rousseff. Mas, logo em seguida, revelou as razões que o impedem de comungar com o PT no estado. “Estou aqui com muita alegria e sem nenhum tipo de constrangimento. Somos situação em Brasília, mas fazemos oposição na Bahia. Como já foi dito hoje, mais de 90% dos investimentos e obras que acontecem em nosso estado são com recursos federais. Portanto, não podemos dizer que a Bahia não está sendo contemplada da forma que merece. O problema, e isso é nosso ponto de interseção, é que o governo estadual não faz nada. Quando nós [PMDB] apoiamos Wagner, ele nos disse que queria mudança para a Bahia. Só não disse que iria mudar para pior. O que une todos os partidos aqui presentes é o sentimento de baianidade e o desejo de fazer mais e melhor pela nossa terra”, arrematou Lúcio Vieira Lima.

A convenção reuniu centenas de pessoas da capital e do interior no auditória do Grande Hotel Stella Maris.

Fotos: Roberto Viana/Bocão News

Classificação Indicativa: Livre

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