Política

Meirelles e Alckmin contabilizam despesas de R$ 40 milhões em campanha, Daciolo desembolsou R$ 700

Carta Capital
Seria preciso juntar o vencimento mensal de 137 mil trabalhadores brasileiros que recebem salário mínimo (954 reais) para pagar o que os presidenciáveis declararam, até o momento, como despesa de campanha  |   Bnews - Divulgação Carta Capital

Publicado em 28/09/2018, às 09h39   Redação BNews


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Seria preciso juntar o vencimento mensal de 137 mil trabalhadores brasileiros que recebem salário mínimo (954 reais) para pagar o que os presidenciáveis declararam, até o momento, como despesa de campanha. As informações são da Carta Capital.

Foram 130,7 milhões de reais direcionados, principalmente, para pagar a produção de programas de rádio, televisão e vídeos para a internet. Entre os maiores gastadores destacam-se Henrique Meirelles (MDB) e Geraldo Alckmin (PSDB), que já desembolsaram pouco mais de 40 milhões de reais cada. O que menos gastou até agora foi Cabo Daciolo (Patriota), pouco mais de 700 reais dos 9,1 mil reais que arrecadou.

Henrique Meirelles (MDB) é o candidato que mais dinheiro do próprio bolso tirou para sustentar sua própria campanha. Até agora, ele investiu 45 milhões de reais. Essa também foi a única fonte de recursos da campanha do emedebista.

A maior despesa dele foi com a produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, 24,7 milhões de reais, o que equivale quase 60% do dinheiro investido até agora com a campanha. Outra despesa que chama a atenção é a quantia referente à criação e inclusão de páginas na internet, 5,8 milhões de reais. O valor ultrapassa, inclusive, a despesa com adesivos (3,2 milhões de reais).

No ranking de despesas de Geraldo Alckmin (PSDB) destacam-se os programas de rádio e televisão (15,2 milhões de reais) e a publicidade por materiais impressos (6,8 milhões de reais). O candidato também declarou como despesa doações financeiras de sua campanha a outros candidatos (14,6 milhões de reais). Despesas com transporte e deslocamento atingiram, até o momento, os 2,5 milhões de reais.

O maior doador do tucano é a direção nacional do partido, responsável por 99,5% do financiamento da campanha. A quantia repassada chegou a 50,7 milhões de reais.

Fernando Haddad

Fernando Haddad (PT), declarou ter gasto até agora apenas R$ 738 mil dos 21,7 milhões de reais disponíveis na conta da campanha. A maior despesa contratada até o momento foi com o impulsionamento de conteúdos nas redes sociais, 450 mil reais.

Ciro Gomes

Ciro Gomes (PDT) tem 21,1 milhões de reais na contas da campanhas. Gastou até agora 8,3 milhões de reais, principalmente na impressão de materiais (2,4 milhões) e na produção de programas eleitorais (2,2 milhões). A confecção de adesivos custou 829 mil reais. O maior doador da campanha (99% da receita) é o próprio partido do candidato.

Jair Bolsonaro

O primeiro colocado nas últimas pesquisas de intenção de voto, Jair Bolsonaro (PSL), contratou até o momento mais despesas do que a quantidade de recursos de receita disponíveis. Isso não quer dizer que a candidatura esteja devendo a fornecedores, mas que o valor das despesas contratadas (1,1 milhão de reais) ultrapassa o de recursos recebidos para a campanha, 998 mil. Desse valor, 240 mil reais foram direcionados para a produção de programas de TV e rádio.

Marina Silva

A candidata da Rede recebeu mais de 80% do dinheiro para sua campanha à presidência da direção nacional do partido. Ela declarou despesas com produção audiovisual (1,9 milhão de reais), impressão de publicidade (581 mil reais) e pagamento de pessoal (494 mil reais). A dez dias do pleito, ela ainda tem disponível metade dos 7 milhões de reais que declarou, até agora, como receita.

Guilherme Boulos

O candidato do PSOL também figura na lista dos candidatos que recebeu da direção nacional do partido a maioria esmagadora do dinheiro para colocar sua campanha na rua. Do PSOL vieram 99,4% dos recursos recebidos, pouco mais de 5,9 milhões de reais. Entre as despesas está a produção de programas (890 mil reais), a impressão de publicidade (341 mil) e passagens aéreas (217 mil). A despesa com impulsionamento de conteúdo nas redes sociais está na casa dos 200 mil reais.

Classificação Indicativa: Livre

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