Política

Lula reconhece ajuda de Ciro mas condena postura no 2° turno por "xingar o povo que votou no Haddad"

Marcelo Camargo/Agência Brasil
No Twitter, ex-presidente negou ainda que tenha se reunido com Rodrigo Maia, mas que não teria problema em dialogar com o presidente do Congresso  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 20/11/2019, às 16h48   Redação BNews


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O ex-presidente Lula reagiu às falas de Ciro Gomes, ministro da Integração Nacional (2003-2006) em seu governo, em uma série de postagens no Twitter feitas na tarde desta quarta-feira (20). Em um dos tuítes, o petista reconhece a ajuda do candidato à presidência derrotado em 2018, mas o condena pela postura no 2° turno, quando não demonstrou apoio efetivo ao candidato do PT, Fernando Haddad.

"Eu fico pesando o que o Ciro fez. As coisas boas e ruins, e prefiro ficar com as boas. Ele nos ajudou no governo. Agora, ele escolheu ir pra Paris no segundo turno e xingar o povo que votou no Haddad e não nele", escreveu Lula. 

O petista negou ainda que tenha marcado de se reunir com Rodrigo Maia (DEM), presidente do Congresso Nacional. Em entrevista ao Estadão, publicada na madrugada desta quarta, Ciro Gomes afirmou que já sabia da reunião entre o petista e o democrata, apontado como uma possível nome para formar uma chapa PDT-DEM para as eleições de 2022.

"Não tenho nenhum problema em conversar com o Rodrigo Maia, mas não foi o caso agora. Não pedi nenhuma reunião ontem. Muita gente às vezes acaba falando por mim", alfineta.

Em entrevista à Radio Globo, Ciro confirmou que tem conversado com Maia e com ACM Neto, presidente nacional do DEM, na tentativa de fazer uma aliança para a disputa presidencial de 2022. O pedetista supreendeu ao colocar Guilherme Bellintani, presidente do Esporte Clube Bahia, como um possível candidato do partido para as eleições municipais de Salvador. Até então, o secretário de Promoção e Combate à Pobreza, Léo Prates, era apontado como o favorito para representar a sigla.

Lula respondeu também outra cutucada de Ciro, que sugeriu que o ex-presidente não reconhece os erros cometidos quando esteve à frente do Palácio do Planalto. O ex-presidente afirmou que quem tiver críticas à legenda, que faça, mas que ele não vai "ficar toda hora fazendo autocrítica": "Aí nem precisamos de oposição. Eles sabem dos nossos erros, mas também sabem que fomos quem mais fez pelo Brasil".

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