Política

Lideranças incluem conversa entre Kajuru e Bolsonaro no pedido de impeachment do presidente

José Cruz/Agência Brasil
De acordo com o aditivo, as conversas reveleram que o presidente tentou mudar o objetivo da CPI, pressionando para que o Congresso focasse na apuração da atuação de prefeitos e governadores  |   Bnews - Divulgação José Cruz/Agência Brasil

Publicado em 15/04/2021, às 11h11   Redação BNews


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Os líderes da Minoria e Oposição, da Câmara dos Deputados e do Senado, protocolaram na noite desta quarta-feira (14) um aditamento ao pedido de impeachment de Jair Bolsonaro, registrado pelo grupo no último dia 31 de março, com a inclusão da chamada telefônica tornada pública entre o presidente e o senador Jorge Kajuru (Cidadania).

De acordo com o aditivo, as conversas revelaram que o presidente tentou mudar o objetivo da CPI, pressionando para que o Congresso focasse na apuração da atuação de prefeitos e governadores.

Durante a conversa, Bolsonaro ainda disse a Kajuru que era preciso agir para pedir o impeachment de ministros da Corte.

Segundo os parlamentares, esse posicionamento do presidente pode ser considerado crime de responsabilidade, por tentar impedir o livre exercício do Poder Legislativo.

"Em um período de menos de 20 dias, o presidente Bolsonaro cometeu uma série de crimes de responsabilidade. Além de 'cooptação às Forças Armadas', no final de março, o presidente agora tenta impedir o livre funcionamento do Senado e constrange os ministros do STF. Caso ocorram mais crimes de responsabilidade do presidente, vamos incluir novos aditamentos. Pelo andar da carruagem, nos próximos meses, teremos uma lista enorme de crimes de responsabilidade e o impeachment do presidente da República pode se tornar inevitável", afirmou o líder da Minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN).

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), líder da Minoria na Câmara, diz que com o acúmulo de crimes em sua conta, Bolsonaro se tornou um "serial killer constitucional" e por isso não tem condições de permanecer à frente do Palácio do Planalto.

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