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Vereadores querem voto aberto para contas de JH

Imagem Vereadores querem voto aberto para contas de JH
Campanha mobiliza Câmara Municipal para mudar regimento e acabar com voto secreto  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 25/02/2012, às 10h46   Daniel Pinto


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O presidente da Comissão de Finanças da Câmara Municipal de Salvador, Sandoval Guimarães (PMDB), desafiou os demais vereadores a abolirem o voto secreto durante a apreciação das contas de João Henrique referentes ao exercício de 2010. A proposta, lançada durante o carnaval, gerou grande alvoroço entre alguns colegas de plenário que se apegaram ao Regimento Interno da Casa para descartar a possibilidade.

Entretanto, a ideia começa a ganhar simpatia de vereadores, a exemplo de Carlos Muniz (PTN). “A votação das contas só vai acontecer em abril. Se é contra o regimento, temos tempo para alterá-lo. Basta vontade política. Já está mais do que na hora do povo conhecer as posições daqueles que foram eleitos para representá-los”, afirmou Muniz -que é uma espécie de líder da bancada independente - negou que os vereadores barrados no camarote do prefeito na terça (21) preparam uma retaliação.  

“Foi uma descortesia, mas é algo muito pequeno e não deve interferir: uma coisa não tem relação com a outra. Pior do que isso são as obras não cumpridas, os postos de saúde sem atendimento... Se o relatório da Comissão de Finanças apontar desvio de verba ou corrupção, voto contra as contas. Além disso, como sou homem de bancada, se houver empate entre os seis outros do bloco independente, não tenha dúvida que meu voto de minerva vai ser pela reprovação”.



Sonegar educação

Quem também está “tiririca” com o prefeito João Henrique é a bancada do PCdoB. A vereadora Olívia Santana já prepara voto em separado na Comissão de Finanças. “Essas contas de 2010 são indefensáveis. Nos últimos anos, o município não aplicou os 25% do orçamento na área da Educação, como é fixado por lei. Agora, 16 mil alunos ficarão sem aulas porque as escolas vão entrar em reforma. E o pior é que o titular da pasta, o senhor João Carlos Bacelar, tem a desfaçatez de dizer que nenhuma cidade cumpre os 200 dias do ano letivo. Isso é sonegar o direito à educação”.

A comunista trabalha para que a oposição feche questão sobre a pauta. “O que aconteceu no caso da LOUS foi algo pontual e tinha relação com a mobilidade urbana. Agora, vou me esforçar para que a minoria recupere a unidade”. Olívia também se manifestou favorável ao fim do voto secreto não só na apreciação das contas. “A iniciativa tem meu apoio. Voto aberto é uma questão de democracia”.


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Fotos: Roberto Viana/Bocão News

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