O cantor e compositor baiano Caetano Veloso, em coluna publicada no A Tarde deste domingo (19), revelou certo espanto quando descreveu a impressão que teve ao ver as propagandas eleitorais espalhadas pelas avenidas de Salvador.
“As margens das estradas estão cheias de pessoas que agitam bandeiras com nomes de candidatos, alguns dos quais aparecem também em cartazes apoiados na grama. Aparentemente, todos estão abraçados com Lula. Muitíssimos com Dilma e Lula. O governador Jaques Wagner aparece num outdoor entre seu vice e Dilma”, observou.
Caetano segue com uma análise da peça de Jaques Wagner e ressalta elementos que convergem para uma simbiose entre as campanhas do PT na Bahia e no plano federal: “letras miúdas explicam que ele é candidato apenas com a palavra ‘governador’. Letras igualmente pequenas dizem que seu vice é Otto NÃO-SEI-QUÊ. Nada explica sobre Dilma, de modo que o nome dela realmente aparece como sendo o sobrenome de Wagner: mesmo tipo, mesma cor, mesmo tamanho”.
Entretanto, o mais interessante é que, pela construção do texto, para Caetano Veloso Otto Alencar é um ilustre desconhecido.
