Política

"Não há caças às bruxas", afirma secretário de Gestão

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Alexandre Pauperio falou sobre Ongs e cortes na Prefeitura  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 15/01/2013, às 09h19   Caroline Gois (twitter: @goiscarol)


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Cortes de pessoal, ONGs, contratos com terceirizadas. Na manhã desta terça-feira (15), o secretário de Gestão do município, Alexandre Pauperio, levantou estes três pontos como sendo prioridades neste início de mandato. Segundo Pauperio, cada contrato com Organizações Não-Governamentais está sendo analisado e "estamos trabalhando em cima de cada um deles desde o dia 2. Quantos contratos existem? Qual o valor de cada um?", questionou durante entrevista à Rádio Sociedade.

Ex-chefe de gabinete da Secretaria estadual da Ciência, Tecnologia e Inovação e ex-diretor-geral da Fapesb (Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia), Alexandre avalia que cada situação dos conveniados deve ser analisada, já que, "a situação é grave a despeito dos recursos. Queremos buscar a economia do município. Todos os processos que estão em andamento vão ser profundamente analisados para que não possamos cometer os mesmos erros e termos uma gestão mais transparente", disse.

De acordo com Pauperio, os contratos de maior valor são avaliados pela Gestão e pela secretaria da Fazenda, buscando-se em cada análise propor uma nova forma de pagamento após a verificação de que todos os eles estão devidos e corretos. "Ninguém irá receber o que não é devido", ressaltou.

Por conta do  'caixa vazio' da Prefeitura  de Salvador, o secretário de  Gestão foi questionado sobre a aplicação de multas, afim de, através desta medida, encher os cofres públicos. "Não há um plano para que isso aconteça. As penalidades serão aplicadas para que a sociedade funcione melhor. Não será o novo prefeito que vai resolver todos os problemas. É um trabalho em conjunto, principalmente com a sociedade. As pessoas têm obrigações com a cidade e precisam respeitar isso. Não há caça às bruxas", afirmou.

Já sobre os cortes de pessoal, o secretário explicou que a prefeitura trabalha com um contingenciamento de recursos, havendo pagamentos de despesas maiores do que os recursos disponíveis. "Gasta-se mais do que temos para fazer os ajustes. Para equilibrar isso, esperamos economizar muito com a revisão dos contratos. Mas, os cortes que já planejamos estão sendo aplicados seletivamente em áreas que não prejudiquem a população, como saúde e educação", disse.

Sobre as terceirizadas e os salários atrasados de alguns funcionários, o gestor reforçou que primeiro os contratos serão regulamentados de uma forma refletida. "É muito importante termos critérios. Até o final deste mês as dívidas serão repactuadas, caso existam. Mas, isso não é uma condição para que as empresas não regularizem as dívidas com os trabalhadores. Isto é uma responsabilidade exclusivamente delas", finalizou.


Foto: Divulgação

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